26 de fevereiro de 2024 5:04 por Da Redação
O Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), acompanhou a manifestação de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, nesse domingo (25). Por meio de fotos aéreas feitas às 15h e às 17h, realizou a contagem do público com auxílio de software. O pico da manifestação, às 15 horas, é de 185 mil pessoas.
O público que compareceu ao ato ouviu um líder com voz “rouca” procurando se eximir das responsabilidades de ter liderado a organização de um golpe de Estado. Pressionado pelas investigações que apontam para a sua direção, assumiu que conhecia a “minuta do golpe” que a Polícia Federal encontrou. A última versão do documento estava na sala de Bolsonaro, na sede do PL.
O ato não pode ser desprezado pelas forças de esquerda, os democratas e até mesmo pela centro-direita, que pretende retornar ao poder.
A curto e médio prazo, na conjuntura atual, Bolsonaro engolfou a perspectiva de a centro-direita reconquistar o espaço político sem o carimbo do extremismo.
A extrema-direita e Bolsonaro têm demonstrado serem fraude perigosa, recuando nos momentos mais difíceis como tem acontecido desde o dia 8 de janeiro de 2023. E quando se encontra diante da PF e do Judiciário, a voz afina.
A estratégia de lutar por anistia para os condenados e para os que serão futuramente condenados pela participação na tentativa de golpe é o caminho que pretende trilhar. Esse foi o objetivo do ato na Paulista.
Fala de um covarde
“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do Parlamento brasileiro (…) uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para seja feita justiça em nosso Brasil” – Jair Bolsonaro.
O destino de Bolsonaro e da cúpula que pensou, preparou e executou os atos golpistas será a condenação a longos anos de cadeia. A mobilização da sociedade pelos setores democráticos é imprescindível para a garantia da democracia no Brasil.
Porém, a extrema-direita segue viva e todo cuidado será pouco.