20 de março de 2024 12:19 por Da Redação
O depoimento do ex-presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, poderá ser um dos mais polêmicos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal que investiga o crime socioambiental praticado em Maceió. Considerado um alto executivo da Odebrechet, rebatizada depois como Novonor, Grubisich deverá depor após o feriado da semana Santa.
A Novonor, acionista majoritária da Braskem com 38,3% do capital total da mineradora, está no centro de uma crise desfechada a partir do afundamento do solo em uma área correspondente a cinco bairros da capital alagoana, tirando de suas casas cerca de 60 mil pessoas.
O conglomerado econômico Novonor (ex-Odebrechet), que surgiu em 2002 da fusão das empresas Copene, OPP, Trikem, Proppeno, Nitrocarbono e Polialden, alvo da CPI da Braskem, terá ainda que enviar ao Senado seu atual diretor de Relações Institucionais, Claudio Medeiros Netto Ribeiro.
O ex-presidente da Braskem chamado a depor na CPI é o mesmo que, em 2021, foi condenado a 20 meses de prisão nos Estados Unidos, acusado de criar um fundo secreto milionário usado para subornar funcionários públicos e partidos políticos do Brasil, garantindo contratos com a Petrobras.
A gestão dele como presidente da Braskem se deu entre 2002 e 2008.
Segundo o Departamento de Justiça americano, o esquema liderado por José Carlos Grubisich desviou cerca de 250 milhões da Braskem para um fundo secreto, por meio de contratos fraudulentos e empresas de fachada offshore controladas secretamente pela mineradora.