20 de março de 2024 10:21 por Da Redação
O Passeio do Porto, obra autorizada pelo prefeito JHC na última sexta-feira (15), vai inserir Maceió entre as cidades mais perigosas para se fazer turismo de aventura no Brasil. Isso porque a presença de dutos e a própria atividade de carregamento de combustíveis no Porto de Maceió deixam em risco quem tiver a coragem de fazer o trajeto de quase um quilômetro e meio entre a orla de Jaraguá e a zona portuária na capital alagoana.
Brincadeiras à parte, um trabalhador que atua no carregamento de combustíveis fez um sério alerta ao 082 Notícias sobre a inviabilidade da obra e os perigos que ela esconde. “Também tentei entender isso que ele (o prefeito JHC) propôs, mas é tão bizarro que não está nem no plano do que pode ser real. É uma área de alto risco de explosão, porém, também pode haver dispersão de muitos gases provenientes de carregamentos. As empresas que operam lá, tanto a Vibra e a Ipiranga, não têm aparelhos para reutilização desses gases”, explica.
Um risco real é, no caso de vazamento de gases, a depender da direção do vento, a nuvem tóxica pode não ir em direção ao mar, mas, ao continente, podendo afetar a saúde ou até matar quem estiver nas redondezas.
Essa possibilidade não é remota, avisa o trabalhador. Segundo ele, vez ou outra ocorrem ali sinistros que são abafados. “Nunca há segurança numa área dessas, tanto por risco de explosão, quanto pela contaminação. Ano passado, saiu um caminhão, que chamamos CT. Saiu derramando, daí, fez um rastro de fogo. Por relatos dos (funcionários) mais antigos, já teve vazamentos dos estoques, que são aqueles maiores. Eu sei, por onde ele (JHC) mostrou o croqui, é onde fica a Ipiranga, não tem condições de fazer uma via por ali”, afirma.
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