27 de março de 2024 5:40 por Geraldo de Majella
É inegável a onda do “já ganhou” produzida pela máquina de propaganda do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), do PL. O trabalho profissional desenvolvido pelo marqueteiro impacta a opinião pública e, entre setores da mídia, passa a sensação de vitória antecipada.
O prefeito é, inegavelmente, o mais habilitado entre os políticos no uso da mídia digital. Isso não significa dizer que o conteúdo seja verossímil. O uso da mídia digital é tão abusivo que distorce a realidade ou a pretensa realidade do mundo virtual
As pré-candidaturas a prefeito de Maceió do advogado Ricardo Barbosa (PT), do deputado federal Rafael Brito (MDB) e do ex-vereador Lobão (Solidariedade) é o que se tem na oposição até o momento.
O prefeito JHC, mediante o poder e a força da grana disponível no cofre da prefeitura, assumiu o comando do “arrastão” entre os atuais vereadores e candidatos à reeleição e candidatos que querem disputar/ajudar como escadinha para os afortunados vereadores de mandatos.
O prefeito concluiu com sucesso a primeira fase dessa estratégia ao juntar o máximo possível de nomes para formar o seu chapão.
O momento seguinte é esperado com os debates e propostas para a cidade de Maceió. A maquiagem veiculada em propagandas será contestada pelos opositores. Dos três candidatos oposicionistas, o deputado Rafael Brito terá apoio da máquina estadual. Além disso, o MDB disporá de um bom tempo de televisão e rádio.
Ricardo Barbosa e Lobão têm características diferentes, mas, não podem perder a perspectiva de crescer na pré-campanha e na campanha. Se a estratégia da oposição logra êxito, será melhor para a população, que terá disputa e, principalmente, poderá ter esclarecimentos a respeito da real situação da administração (virtual e ou instagramável) do prefeito João Henrique Caldas.
Quem vive em Maceió e tem mais de quarenta anos nunca presenciou tantos desperdícios em obras públicas. Esse quesito será levantado pelos candidatos.
A guerra hibrida que transforma o mundo aparente e desejável num mundo real é o modelo da extrema-direita internacional que chegou no Brasil em 2012/2013.
A arma utilizada pelo prefeito nas redes não pode ser minimizada. É fundamental estabelecer um campo de enfrentamento político, ideológico e psicológico. O discurso tradicional é pouco eficaz na disputa com adversário que não demonstra pudor em usar as mídias sociais com narrativas ficcionais.
O processo de desconstrução política do prefeito de Maceió ainda não iniciou e é urgente que se inicie.
JHC é o político mais perigoso que Maceió conheceu em mais de 200 anos.
Os políticos pragmáticos só entendem e enxergam o xadrez eleitoral. Ainda não perceberam o quanto o JHC é nocivo para Maceió e para Alagoas.
A esquerda sequer despertou para a gravidade de uma possível reeleição.
Há um dado a ser considerado que é a soberba do prefeito. Não são os assessores os interessados imediatos que dizem que ele já está com a eleição ganha. Ele próprio acredita nisso.
A soberba poderá facilitar a sua derrota.
Nem tudo está perdido.