2 de abril de 2024 12:38 por Da Redação
Depois da cadeira gigante, do totem Eu Amo Maceió, do skate gigante da Praça do Skate, na Ponta Verde, e outros espaços ditos instagramáveis, a Prefeitura de Maceió anuncia o projeto de requalificação da orla de Jaraguá, um dos bairros mais antigos da capital alagoana. O investimento anunciado será de mais de R$ 8,2 milhões, recursos próprios da Prefeitura.
Ocorre que a proposta implica num grave risco, considerando a existência naquela área dos tanques de combustíveis das empresas Transpetro e Petrobras Distribuição.
Embora essas multinacionais estejam licenciadas pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL), elas sempre representaram uma ameaça à vida urbana em Jaraguá, e naquele trecho da praia da Pajuçara.
Já foi inclusive discutida no Parlamento estadual a possibilidade da retirada desses tanques de combustíveis. Um dos argumentos é que na época em que foram instalados, a vida e as atividades urbanas ali eram mínimas, o que tornava “aceitável” o risco de acidentes.
No Porto de Maceió atualmente a Petrobras opera com caminhões-tanque para o transporte de diesel e de gasolina diretamente às distribuidoras, além de petróleo e de álcool. São 4 tanques com petróleo e 6 tanques de derivados, álcool e biodiesel, atendendo Alagoas, as refinarias da Petrobras e os países que importam álcool.
Sem considerar a existência dos reservatórios de combustíveis, o prefeito João Henrique Caldas, o JHC, anuncia um projeto com calçadão, ciclovia, equipamentos de ginástica, deck para paisagismo, mobiliário de playground em madeira, pista de cooper e vegetação.
Na divulgação do projeto em Jaraguá, JHC não fez qualquer referência a um Estudo de Análise de Risco dos reservatórios de combustíveis ao lado do Porto de Maceió, que inclusive impedem a presença de banhistas naquele trecho da Pajuçara.