O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), é o maior perigo à democracia do Brasil, assim como foi Eduardo Cunha, de quem é “devedor” de conselhos e tem afinidade identidade ideológica.
Ele tem jogado com várias peças no tabuleiro político nacional, mantém relações como porta-voz informal do mercado financeiro e utiliza, taticamente, a bancada de extrema-direita para disparar contra os Poderes da República.
A discricionariedade da pauta da Câmara dos Deputados é sua, por ser o presidente, unificando as bancadas da bala, do boi e da bíblia para criar instabilidade política e institucional no país.
A criação de um grupo de trabalho para discutir propostas sobre o foro privilegiado e as prerrogativas parlamentares, anunciada na terça-feira (16), foi aplaudida pelos deputados da oposição e interpretada como uma reação às operações da Polícia Federal no Congresso, bem como ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que ganhou força depois da prisão de Chiquinho Brazão, acusado no assassinato de Marielle Franco.
Esse conjunto de intenções faz parte do perfil político de Lira e atrai votos para o seu candidato na disputa interna da Câmara.
As investidas contra a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e Alexandre Padilha têm o objetivo de manter a tensão com o governo e obrigar o presidente Lula a ceder mais postos na administração federal.
O que Arthur Lira pretende é fragilizar as instituições do Estado, como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Presidência da República.