sábado 23 de novembro de 2024

Porto de Maceió recebe obra “politiqueira” e fica a dúvida: onde está o administrador?

Requalificação, que está em andamento, representa dinheiro público mal gasto

2 de maio de 2024 5:23 por Da Redação

Reprodução

Um show de desconhecimento, chancelado por dinheiro público mal gasto. É assim que um antigo trabalhador do Porto de Maceió define a obra de requalificação da região portuária, na qual a Prefeitura de Maceió está aportando a quantia de R$ 8 milhões. Uma das principais queixas se refere à segurança dos visitantes, uma vez que a região oferece risco para quem passa por lá, entre eles, a presença de dutos da Petrobras.

“Sem contar que, em determinadas épocas do ano, parte dessa área é zona de arrebentação, com muitas ondas quebrando nessa região”, afirmou a fonte. A realização da obra mostra ainda que o Porto estaria sem comando.

“No momento, quem chegar ao Porto com qualquer empreendimento de cunho político, emplaca tudo. O Porto está sem rumo, o cargo de administrador é que tem um dono. Basta você observar quem mais fala publicamente pelo Porto, na atualidade: o prefeito [JHC]!”.

Como resultado, ignora-se que o Porto de Maceió é uma área estratégica de segurança, submetida a critérios e padrões específicos estabelecidos no ISPS Code, o Código Internacional de Proteção e Segurança de Instalações Portuárias. “É preciso saber o jeito que deram para transformar uma área dessas em área de lazer e entretenimento inscrita, inclusive, no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento Portuário, uma espécie de Plano Diretor do Porto de Maceió. Creio que devam ter feito uma salada com tudo isso”, questiona.

De acordo com o trabalhador, toda a obra deveria ter sido, previamente, submetida ao crivo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ. “Não é comum se converter uma área operacional portuária em ciclovia, por simples conveniência e oportunidade do poder público municipal, entende?”.

Na avaliação da fonte, esse tipo de empreendimento jamais teria sido autorizado se houvesse um verdadeiro Administrador no Porto de Maceió. “A base desse projeto foi mera politicagem. Até porque, se há uma vocação que poderia ser alternativamente explorada naquele sítio portuário, melhor seria implantar uma marina pública contígua ao Porto de Maceió voltada para o espaço marítimo onde ficam fundeados os barcos dos pescadores. Mas, para que isso ocorresse, aquele projeto de tancagem de ácido sulfúrico da Timac precisaria ser efetivamente sepultado. E, como eu já te disse, esse projeto está apenas adormecido. Não morto”, ressalta.

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