7 de maio de 2024 11:44 por Da Redação
Na próxima semana, o responsável-técnico pela mineração de sal-gema pela Braskem, em Maceió, engenheiro Paulo Roberto Cabral de Melo, será conduzido sob vara (com uso de força policial) para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal que investiga o crime ambiental praticado pela empresa na capital alagoana. Mesmo oficialmente convocado, o engenheiro não compareceu à audiência realizada na manhã desta terça-feira, 7, alegando problemas de saúde.
“Ele virá sob varas na próxima semana, e quanto ao não comparecimento hoje, vamos adotar as providências legais e jurídicas previstas para que fale sob as questões que interessam à esta Comissão” – reagiu o presidente da CPI da Braskem, senador Omar Aziz (PSD/AM). Segundo ele, Paulo Roberto conseguiu habeas corpus parcial, que lhe garante o direito de permanecer calado, mas teria obrigatoriamente que estar presente à reunião.
O habeas corpus parcial foi concedido pelo ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para ouvir os depoimentos de Paulo Roberto Cabral de Melo (engenheiro e responsável técnico da Braskem), e de Thales Sampaio, servidor aposentado do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o crime ambiental praticado pela Braskem, em Maceió, realizou nesta terça-feira, 7, sua 14ª reunião.
A CPI da Brasken apura os fatos e eventos que resultaram no desastre ambiental em Maceió, que deixou atingiu mais de 17 mil famílias destruiu 60 mil imóveis em cinco bairros da capital alagoana. Após minerar sal-gema por mais de 40 anos, a multinacional Braskem S/A gerou perdas sociais, ambientais, urbanas e econômico-financeiras para a população maceioense e para o Estado de Alagoas.