Neste domingo (19), às 19h, acontece a missa de acolhida das relíquias de Santa Teresinha, na Paróquia Universitária, no bairro do Farol. O momento é aberto a todos os fiéis e dá início a uma programação que segue até segunda (20), com diversas atividades para marcar a passagem das relíquias em Maceió.
As relíquias são partes do corpo ou pertences de santos. No caso de Santa Teresinha são partes do corpo mantidos no Carmelo em Lisieux, França. Segundo o padre Márcio Nunes, responsável pela Paróquia Universitária de Maceió, “as relíquias são importantes no processo de devoção cristã, como modo de nos fazer recordar, trazer novamente ao coração, nossa santa querida”.
O pároco explica, ainda, que os primeiros cristãos tinham veneração pelas relíquias e a tradição cristã católica guarda este ensinamento. “Os santos são um exemplo, para todos nós, de vida e devoção a Deus e cremos na intercessão dos santos por nós junto a Deus. Neste tempo de graça, peçamos à Santa Teresinha sua intercessão por nós, que ela derrame uma chuva de rosas sobre todos nós e todas as famílias”, acrescentou.
No Brasil
Desde o início do mês de abril, as relíquias da Santa Teresinha estão percorrendo as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Vindas de Recife e Camaragibe, chegam a Alagoas no sábado (18), na cidade Marechal Deodoro. No dia 19, a peregrinação segue para Maceió, indo para o Ginásio do Sesi e de lá para a Paróquia Universitária Santa Teresinha de Lisieux.
O relicário, enviado pela Basílica de Lisieux, França, está visitando 70 cidades brasileiras onde há a presença das monjas carmelitas. A peregrinação iniciou no dia 1° de fevereiro em Trindade (GO) e encerrará sua passagem pelo Brasil em 19 de outubro, na cidade de São Paulo (SP). A iniciativa faz parte das comemorações dos 150 anos do nascimento da santa, celebrado em 2023.
Santa Teresinha
Marie-Françoise-Thérèse Martin, conhecida como Santa Teresinha de Lisieux ou Teresinha do Menino Jesus, nasceu no dia 2 de janeiro de 1873, em Alençon, na França. Filha mais nova dos santos Luís e Zélia Martin que tiveram oito filhos antes de Teresa, quatro morreram ainda pequenos e as outras quatro, Maria, Paulina, Leônia e Celina, também foram freiras, como a santa.
Com a autorização do Papa Leão XIII, Teresinha entrou no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux, aos 15 anos. Sua grande experiência com Deus desde pequena, relatada em seus diários intitulados “História de uma alma”, trouxe ensinamentos sobre a “infância espiritual” ou “pequena via” que se baseavam na confiança amorosa em Deus que é Pai. Teresinha acreditava que seu caminho em direção a Deus era ser como criança, e assim O buscava nesta via de abaixamento que transbordava na vida fraterna e no amar sem medidas.
Santa Teresinha morreu aos 24 anos em 30 de setembro de 1897. Foi beatificada em 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo Papa Pio XI. Em 19 de outubro de 1997, no domingo missionário, Teresa de Lisieux foi proclamada doutora da Igreja pelo Papa São João Paulo II, devido aos seus escritos autobiográficos. Em 2023 foi comemorado os 150 anos do nascimento da santa e 100 anos da sua beatificação.
Por Assessoria