Maceió é a capital de Alagoas desde 1839. Segundo o Censo do IBGE de 2023, a cidade tem 957.916 habitantes. Duas das três universidades públicas têm suas reitorias em Maceió, além de dezenas de centros universitários e faculdades privadas.
A maior rede de escolas municipais de Alagoas está em Maceió, com 147 unidades. Apesar disso, em três anos de administração do prefeito João Henrique Caldas (PL), a qualidade da Educação tem causado apreensão nos especialistas devido ao descaso. Em três anos, foram nomeados três secretários.
O caos na gestão é vivenciado pelos diretores, professores e funcionários. A ingerência político-eleitoral tem provocado a desorganização da rede escolar. O Ministério da Educação (MEC), através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), divulgou os dados de 2023 que revelam a realidade trágica do ensino municipal.
Maceió, pelo levantamento do INEP, ocupa a vergonhosa 59ª posição entre os 102 municípios de Alagoas, com apenas 39,2% das crianças alfabetizadas na idade certa. Os dados são do Primeiro Relatório do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, programa lançado pelo governo federal em julho de 2022. O objetivo do programa é garantir que as crianças aprendam a ler e escrever na idade certa.
Gastos escandalosos na gestão JHC/Jó Pereira
O acordo bilionário assinado entre a mineradora Braskem e o prefeito João Henrique Caldas, em decorrência de sucessivos crimes ambientais praticados contra os maceioenses, está sendo gerido de maneira perdulária.
Creches improvisadas em galpões vão consumir R$ 166 milhões, valores muito além do praticado pelo Governo Federal através do MEC e dos demais entes federados.
Enquanto 147 escolas da rede municipal estão completamente sucateadas, professores e diretores estão desestimulados pela falta de material, pelas precárias condições físicas das unidades e pelas condições insalubres.
Os recursos oriundos dos crimes da Braskem estão sendo consumidos na operação mais escandalosa de privatização da rede municipal de ensino realizada em uma cidade de Alagoas.
Os indicadores revelados pelo Relatório do INEP não causam vergonha à atual gestora da secretaria municipal de Educação. O prefeito não tem compromisso com as crianças da escola pública, o mundo que ele vive é instagramável.
O legado deixado por JHC, até o momento, situa Maceió na 59ª posição entre as cidades de Alagoas, descendo ladeira abaixo. O fosso que separa a civilização da barbárie em Maceió, na atual gestão, continua aumentando.