O programa Vida Nova nas Grotas tem melhorado, consideravelmente, a qualidade de vida dos moradores das áreas segregadas, mas, falta à Prefeitura de Maceió fazer a parte dela e resolver o problema do lixo que se acumula nas encostas e nos córregos, provocando inundações na estação chuvosa. O aprofundamento das desigualdades sociais em Maceió tem sido a marca da administração do prefeito João Henrique Caldas.
Este programa foi criado pelo Governo de Alagoas, em parceria com o programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat Brasil). O foco é a promoção de vilas e cidades social e ambientalmente sustentáveis. O ONU-Habitat é o ponto focal para todas as questões de urbanização e assentamentos humanos dentro do sistema da ONU.
Maceió, onde o programa foi inicialmente pensado e tem sua execução em curso, possui 100 grotas numa área de 7,8 km² e uma população de 101 mil habitantes, segundo os dados do programa Vida Nova nas Grotas. A população residente nas grotas, se formasse uma cidade, seria a terceira mais populosa de Alagoas, superada apenas por Maceió e Arapiraca. Esse contingente populacional vive segregado pelo Município.
A coleta do lixo domiciliar das grotas de Maceió pela prefeitura ocorre apenas uma vez por semana. Esse dado traduz a dimensão do apartheid social na cidade. O prefeito João Henrique Caldas (PL) estabeleceu como política pública a negação deste serviço público a esta população vulnerável.