sábado 7 de setembro de 2024

Elite do atraso utiliza Congresso para sabotar governo e impor pautas de destruição

Deputado Arthur Lira é cúmplice de projeto que mina políticas sociais e desmonta o Estado brasileiro
Arthur Lira pautou a votação do requerimento de urgência sem aviso e sem anunciar o número do projeto | Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A voz da burguesia brasileira é externada pelos sindicatos patronais, agrupados em federações e confederações. Conta também com entidades que representam setores empresariais que organizam pautas e defendem os seus interesses, sejam específicos ou gerais.

Esses agrupamentos empresariais têm presença no Congresso Nacional com representantes por áreas constituindo um exército de lobistas que influenciam bancadas parlamentares.

Essa relação existe desde o Império e, durante a República, tem crescido. Atualmente, são determinantes na vida parlamentar, bloqueiam pautas, constroem argumentos falaciosos como o que derivou para o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Essa construção é montada pelos empresários, banqueiros e a imprensa familiar brasileira. Hoje, o Congresso Nacional – Câmara e Senado – está sob a hegemonia conservadora, com predominância da direita e extrema-direita.

O presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), é o parceiro ideal para a burguesia brasileira, notadamente, os segmentos empresarias mais retrógrados e os fundos de investimentos do mercado financeiro.

O cerco político e midiático sobre o governo Lula vem se intensificando cada vez mais. A toda hora, são anunciadas nos jornais e nas televisões e nos portais da imprensa comercial e familiar crises política, institucional e econômica fundadas em fake news produzidas e veiculadas na imprensa e repercutidas por seus comentaristas de plantão.

O trabalho de sabotagem realizado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é cada vez mais apoiado sem pudor. A independência do BC tem sido apoiada em relação ao governo Lula. Aliás, o principal opositor ao governo e ao Brasil é o Banco Central, que advoga os interesses dos bancos, sabotando a economia brasileira, mesmo que essa ação deletéria e criminosa proporcione a quebradeira de setores relevantes da economia como as empresas que atuam no mercado varejista.

O maestro dessa orquestra é o deputado Arthur Lira e a ampla base radical de direita e extrema-direita. O senador Rodrigo Pacheco tem atuado nessa direção com estilo pessoal diferente, mas, agindo com interesses subalternos aos donos do poder e da mídia.

Pautas-bombas

Arthur Lira quer permanecer comandando a Câmara Federal elegendo o seu sucessor. Atrair a bancada do PL de quase 100 deputados é um passo decisivo para eleger o seu aliado, o que aumentaria o cacife para discutir com as demais bancadas, inclusive com o PT.

Os movimentos são claros e estão sendo colocados em prática com a entrada na pauta os projetos de lei que interessam aos extremistas.

O ‘PL do Estupro’, como passou a ser conhecido, que criminaliza as vítimas de violência sexual e é do interesse direto da maioria da bancada evangélica, assim como o PL da delação premiada que vislumbra a anistia para Bolsonaro e os outros golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Tem ainda o PL que equipara usuário de droga a traficante e outros de interesse do agronegócio, que desmontam da legislação ambiental brasileira. Esse é um dos instrumentos de barganha que Arthur Lira vem colocando em pauta na Câmara Federal.

A chantagem como método

A chantagem política e econômica tem sido o instrumento em que os parlamentares firmam as suas convicções. “Arrombar o cofre” da União, seja através das emendas parlamentares e o domínio da Esplanada dos Ministérios.

O cerco imposto não tem só o caráter fisiológico dos parlamentares, mas, a orientação política do andar de cima da sociedade, a burguesia brasileira. O que poderá reduzir a rapinagem do orçamento da União é a mobilização de ruas e nas redes sociais.

O rolo compressor orquestrado pela burguesia brasileira não é para ser menosprezado, os tentáculos políticos e midiáticos estão operando em todas as direções.

O governo está sendo bloqueado por essas forças mesmo que tenham entre si interesses distintos um ponto os une: enfraquecer o governo, barrar as políticas sociais e desmontar o Estado brasileiro.

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