Por Adelmo Marques Luz
Comecei a frequentar os estádios de futebol em 1969. Ano em que meu galo foi campeão, após empatar em 1 X 1 com o CSA no campo da Pajuçara. Meu primeiro é inesquecível título.
Naquela época o nosso goleiro era o Pompeia, oriundo do CSE de Palmeira dos Índios. Depois apareceu o excêntrico Cocorote, cuja estatura era minúscula, mas possuía a versatilidade de um felino. Incrível.
Alguns anos depois, apareceu o César. Acompanhei toda sua inigualável trajetória.
A instituição CRB, assim como nós torcedores, deve muito a esse magistral atleta.
Dívida impagável.
Lamento profundamente o seu falecimento, sobretudo nas circunstâncias em que ocorreu: esquecido, ignorado, não obstante a sua extensão e gloriosa contribuição ao Clube de Regatas Brasil.
Um craque marcado pelo impiedoso destino; um ídolo que findou sua existência no anonimato.
Lastimo que não se tenha dado em vida a César o que era de César. Logo a ele, um imperador, que tão bem guardou a sua meta. Graças às suas cinematografias defesas, pudemos acumular títulos taças e glórias que hoje compõem o acervo do clube que amou.
Infelizmente, a indesejada o levou precocemente. Esse gol você não pôde evitar.
Mas saiba, arqueiro, que és um insuperável e eterno campeão.
Agora, nós regatianos, faremos a defesa de sua história de glorias aqui na terra, enquanto você, sob as bênçãos de Deus, continuará a defender eternamente nossas cores aí no céu.
Muito obrigado, César!