terça-feira 3 de dezembro de 2024

Eleições 2026: campo democrático precisa sair do campo analógico e batalhar no digital

Somente assim é possível ser competitivo contra a extrema-direita

17 de outubro de 2024 10:06 por Da Redação

Reprodução

Por Geraldo de Majella

As eleições de 2026 começaram a ser delineadas já em 2024, com as eleições municipais. Os partidos, nesse instante, já têm clareza sobre as bases eleitorais que poderão contar nas próximas disputas proporcionais, para os cargos de deputado estadual e federal, além das eleições majoritárias, que incluirão duas vagas para o Senado, e a de governador e presidente da República.

Esse é o roteiro que todos os profissionais fazem, ou seja, terminada uma eleição, imediatamente, se inicia a preparação da seguinte.

Os partidos de esquerda e centro-esquerda não devem demorar a iniciar a organização de suas chapas proporcionais. Esse calendário é nacional e não pode alegar desconhecimento. A profissionalização dessa atividade é essencial, visto que a improvisação de candidaturas tem resultado, frequentemente, insatisfatório para não dizer desastroso.

Em Maceió, a Federação Brasil da Esperança — formada pelo PT, PV e PCdoB — teve 36 mil votos. Se a chapa tivesse mais sete mil votos, elegeria mais um vereador. O PDT, por sua vez, também perdeu a oportunidade de eleger um segundo nome. Esses dois casos demonstram que as eleições obrigatoriamente devem ser preparadas com antecedência, convencer os filiados com potencial eleitoral presumido para trabalhar as suas eleições.

A esquerda e a centro-esquerda, tudo indica, continuará vivendo o mundo analógico quando a extrema-direita e a direita, principalmente, os políticos jovens, estão plugados nas redes sociais e usam esse mecanismo como instrumento de fidelização de seguidores que, mais à frente, são convocados para serem eleitores. Tudo começa com os seguidores das redes.

Entre os motivos apontados por muitos candidatos para justificarem suas derrotas ou baixas votações está a compra escancarada de votos em Maceió e nas demais cidades do interior de Alagoas. É um fato a ser considerado. Mas, a improvisação e a falta de profissionalismo de parcela dos candidatos é também um fato que arrastou muitos dos bons candidatos ao fiasco eleitoral.

Trato, especificamente, da esquerda e da centro-esquerda pela necessidade histórica de Maceió e Alagoas voltar a contar com mais parlamentares comprometidos com a democracia e que façam o enfrentamento com a extrema-direita.

As eleições para 2026 já estão nas ruas, só não ver quem não quer.

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