4 de dezembro de 2024 7:26 por Da Redação
O Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 revela dados alarmantes sobre Maceió, evidenciando a ausência de políticas públicas eficazes por parte do Município. Alagoas contabiliza 251 favelas e comunidades urbanas, das quais 192 estão localizadas na capital, consolidando a cidade como uma das cidades nordestinas com maior concentração de áreas vulneráveis.
Entre as capitais da região, Maceió ocupa o segundo lugar, com 76% das favelas situadas em seu território. A capital só é superada por Teresina, no Piauí, que apresenta uma taxa ainda mais preocupante: 98% das favelas do estado estão concentradas na capital, totalizando 170 de um total de 173.
A estimativa populacional de Maceió para 2024 é de 994.464 habitantes, dos quais 151.593 residem em 192 favelas e comunidades urbanas, representando 15,2% da população total da cidade. Esses números reforçam a gravidade do déficit habitacional e social na capital alagoana, que carece de ações efetivas para melhorar as condições de vida nesses territórios.
Outro dado relevante é o salário médio mensal dos trabalhadores formais, que, em 2022, foi de apenas 2,7 salários mínimos, evidenciando a baixa remuneração no mercado de trabalho local. Esses fatores apontam para um cenário de vulnerabilidade econômica que aprofunda as desigualdades sociais, exigindo políticas públicas voltadas para o desenvolvimento econômico, a inclusão social e a melhoria das condições de habitação e infraestrutura. A inércia administrativa diante desses dados reforça a necessidade de debates e ações concretas voltadas para a redução das desigualdades urbanas.
À medida que avançamos na análise dos dados sociais do Censo de 2022, torna-se cada vez mais evidente o profundo cenário de exclusão social e vulnerabilidade em Maceió, especialmente entre os trabalhadores que não possuem vínculo formal de emprego.
Essa realidade destaca a importância de políticas públicas que promovam a formalização do trabalho, o fortalecimento da economia local e a redução das desigualdades. Sem isso, o cenário de vulnerabilidade tende a se perpetuar, comprometendo o desenvolvimento humano e social da cidade.