
Nos últimos anos, Maceió tem enfrentado emergências recorrentes devido às chuvas intensas, que afetam milhares de moradores da cidade. Em 2022, mais de três mil pessoas ficaram desabrigadas e buscaram abrigos improvisados em escolas municipais. Essa solução emergencial evidenciou a falta de um planejamento adequado e uma infraestrutura insuficiente para enfrentar desastres naturais de forma eficaz.
Em 2023, a situação se agravou, com mais de 16 pessoas desabrigadas e centenas desalojadas. No entanto, o que causou indignação foi a decisão da Prefeitura de fechar os abrigos temporários que acolhiam as vítimas das chuvas, deixando muitas famílias sem assistência. Relatos de moradores apontaram falta de alimentos, água potável e condições mínimas de higiene, o que evidenciou a total desorganização e a falta de um plano de ação eficiente em situações de crise.
Em 2024, as chuvas continuaram a ser um problema para a cidade, com um número considerável de desabrigados e desalojados. Até o momento, a Prefeitura de Maceió segue sem um sistema de abrigos permanentes preparados para emergências climáticas. As escolas públicas continuam sendo improvisadas como abrigos, sem condições adequadas de segurança e conforto para as vítimas. Essa falta de infraestrutura adequada reflete a negligência da administração municipal em relação às necessidades da população, especialmente daqueles que vivem em áreas de risco.
Além disso, em um momento em que Maceió está realizando acordos bilionários, como o da Braskem, no valor de R$ 1,7 bilhão, a gestão municipal não tem priorizado investimentos em ações preventivas ou em melhorias na infraestrutura básica para proteger os mais vulneráveis. Isso demonstra um distanciamento crescente das reais necessidades da população, especialmente dos que vivem em áreas afetadas pelas chuvas.
A cidade precisa urgentemente de um planejamento preventivo que considere as previsões climáticas e crie soluções duradouras para proteger seus cidadãos, não se limitando a medidas paliativas e improvisadas. A gestão pública deve focar na segurança e no bem-estar das pessoas, principalmente das mais vulneráveis, e não em promessas vazias ou em acordos financeiros que não se refletem em benefícios diretos para a população.