26 de fevereiro de 2021 6:37 por Geraldo de Majella
O deputado estadual Davi Maia (DEM-AL) foi guindado à condição de primeiro-ministro de Maceió. Tem sob o seu controle os maiores orçamentos da prefeitura da capital. O secretário de Saúde de Maceió, Pedro Madeiro, tem ligações familiares com o deputado, é seu tio. Marcelo Maia de Vasconcelos Lima, irmão do deputado, é o coordenador da Unidade Gestora de Programa (UGP) da prefeitura de Maceió.
Marcelo Lima é pai e prefeito de Quebrangulo; reuniu a família para pontuar algumas questões de ordem política, mas que expressam o pragmatismo e a experiência no Executivo. A determinação é para recuar. Davi Maia anunciou que não será candidato a deputado federal; o candidato da família será João Caldas, pai de JHC.
O avanço político e administrativo do clã dos Maias tem sido motivo de ciúmes entre os políticos da capital. Marcelo Maia, o filho, sentou em cima de uma montanha de 200 milhões, recursos destinados desde 2020 a obras na orla lagunar. Depois das secretarias que dispõem de fundos constitucionais, como Educação e Saúde, a UGP é a mais desejada pelos empreiteiros e políticos na administração de Maceió.
Davi Maia, o primeiro-ministro, desacelerou e passou a veicular nas suas mídias que será candidato à reeleição. João Caldas, a mão invisível da administração de Maceió, mandou um recado para o deputado, que entendeu rapidamente. Davi Maia é jovem, mas não rasga dinheiro.
Pelas redes sociais, prefeito e secretários continuam como ilusionistas a prenderem a atenção da plateia.
O primeiro-ministro, a exemplo dos escafandristas, mergulhou em águas profundas.
1 Comentário
E, como sempre, o povo entenderá toda essa perversidade como coisa da política, uma coisa intangível, incompreensível, mas que se sabe suja. E seguirá repetindo a dose até que a sociedade em peso entenda e entre no jogo. Para isso, falta a parte que entende fazer sua parte.