domingo 24 de novembro de 2024

Protesto de servidores federais têm Arthur Lira como alvo

Manifestação será neste sábado, 11, e reúne lideranças de sindicais de todo país

7 de dezembro de 2021 11:29 por Thania Valença

Dirigentes de centrais sindicais e federações de todo o Brasil realizam neste sábado, 11, em Maceió, um grande ato de protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição nº 32 (PEC 32), que, se for aprovada, inicia uma ampla reforma no serviço público. A proposta é do governo Bolsonaro, que quer alterar dispositivos sobre servidores e empregados públicos e modificar a organização da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Sem empenho do governo Bolsonaro, Arthur Lira descartou a possibilidade de pautar a PEC 32 ainda neste ano

Ao fazer a convocação de todas as categorias do funcionalismo para o ato, o coordenador Jurídico do Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal em Alagoas (Sindjus-AL), Paulo Falcão, alertou que a PEC extingue direitos constitucionais do povo brasileiro.

Segundo ele, além da pressão para que a PEC 32 não seja votada, a manifestação tem como objetivo denunciar a postura do deputado federal Arthur Lira, apontado como o principal defensor da Reforma Administrativa na Câmara dos Deputados. De caráter regional, o ato público mobilizará sindicatos e as centrais sindicais, como a CSP-Conlutas, em defesa dos serviços públicos, e pelo Fora Bolsonaro, Mourão e Guedes.

“Exigimos o arquivamento da PEC 32 sob pena de não termos nenhum serviço público para a população. E vamos denunciar o que foi feito agora com a PEC 23/2021 que dá calote nos precatórios”, disse o sindicalista.

A PEC 32 foi enviada à Câmara em setembro de 2020 pelo governo federal. A proposta restringe a estabilidade no serviço público e cria cinco tipos de vínculos com o Estado. As mudanças só valerão para os novos servidores. O deputado Arthur Lira quer dar celeridade à matéria.

Segundo Paulo Falcão, a PEC 32 extingue direitos constitucionais num momento em que os trabalhadores se encontram em penúria pelo desemprego, subemprego, passando fome, nas filas para pegar ossos e pernas de galinhas para sobreviverem. “A situação ficará mais difícil se acabarem os serviços públicos como a saúde, moradia, educação, direitos garantidos pela Constituição”, completou.

A concentração será na Praça Multieventos, a partir das 9h, e, em seguida, os manifestantes sairão em caminhada até as proximidades da Praça Sete Coqueiros, área nobre da capital alagoana onde o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, reside.

Embora tenha apoiado a proposta, mais recentemente o deputado Arthur Lira (PP/AL) afirmou que até o momento, o governo deu um “apoio pálido” ao texto e, por isso, não há como levar a proposta ao plenário ainda em 2021.

Com Assessoria Sindjus/AL e  Agência Câmara de Notícias

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