29 de novembro de 2022 3:44 por Redação
Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertava para a necessidade do PT e os partidos aliados elegerem a maioria de deputados na Câmara Federal. Como ex-presidente, ele sabe os riscos de se ter na Presidência da Câmara dos Deputados um político de fora da base do governo.
É o caso em discussão, com a iminente reeleição de Arthur Lira (PP) para o cargo. No momento, o alagoano é dono de um latifúndio na Câmara Federal.
O que fazer? Negociar para governar. Essa possibilidade é a dura realidade da política. A diferença é que Lula é um hábil negociador e, ao contrário do que alguns pensam, o PT tem negociadores na Câmara e no Senado.
Os objetivos essenciais, para o primeiro ano do governo, é colocar em pé as políticas públicas. A assistência social é o carro-chefe do governo. O programa Bolsa Família e a recomposição do salário-mínimo, com aumento além da inflação, estão nos planos de Lula.
O orçamento secreto é o modus operandi pelo qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi dominado por Arthur Lira, Ciro Nogueira, os líderes do Centrão et caterva.
A mobilização das ruas e nas redes sociais é fundamental para manter a vigilância sobre as ações dos deputados famélicos por verbas públicas.
O pulo do gato será a aproximação da Presidência da República com os governadores e prefeitos para implementar as políticas públicas e retomar as obras paralisadas.
Esse trabalho não será fácil, porém, é necessário para romper por novos caminhos o cerco estabelecido pela banda podre da política nacional estabelecida no parlamento.
O terceiro governo Lula será completamente diferente dos dois anteriores. Isso não quer dizer que Lula mudou tanto assim, é que a realidade recrudesceu, o fascismo bateu à porta e a democracia foi abalada.
A hora é de reconstrução das instituições e de consolidação da Frente Democrática. O novo governo será amplo para derrotar o entulho autoritário no Congresso Nacional e na sociedade brasileira.