18 de dezembro de 2022 7:52 por Nivaldo Mota
França e Argentina farão com justiça a final da Copa do Mundo dos bilhões de dólares, a mais cara de todos os tempos.
Vejo a França com um ligeiro favoritismo, mas isso não quer dizer nada, os argentinos cresceram durante a competição e Lionel Messi resolveu encarnar os melhores momentos de Barcelona, o restante são discussões intermináveis, vamos ver quem levanta o caneco.
Sobre a Copa do Mundo, como qualquer empresa capitalista, a FIFA, quer é ter lucros, o futebol já virou um grande negócio, faz é tempo! O futebol mundial, pelo menos nos centros mais tradicionais, virou um programa de classe média, o povão está cada vez mais alijados de assistir uma partida dentro de um estádio de futebol.
Aliás, não chamam mais de estádios de futebol, apropriado ao momento em que vivemos, cada vez mais violento e odiento, chamam agora de Arena, multiuso, caríssimas para manter, mas adequada aos tempos de exclusão.
Me acostumei a ir ao Rei Pelé, para as gerais, principalmente no início dos anos 1980, o espaço mais democrático, aonde todos e todas, conviviam pacificamente, justamente por ser a parte mais popular, do povão sofredor em sua grande maioria, mas ao mesmo tempo solidário e coletivo.
Hoje acabaram com tudo, estes torneios internacionais, como a Copa do Mundo, super caros, com uma seleção brasileira comandada por empresários, tão distante do povo, do torcedor que vende latinha, garrafas ou jornais, que arrumava aquele trocadinho para ir a uma geral, hoje em dia virou ficção, só em filmes antigos.
Ia me esquecendo, o melhor da Copa do Mundo, foi o Marrocos, com sua torcida apaixonada, desbancou vários favoritos.
O continente africano em festa, uma seleção chegando entre as quatro melhores da Copa. O mundo árabe também fazendo a festa, país de maioria islâmica, como foi bonito ver a bandeira Palestina sendo mostrada aos torcedores do mundo inteiro.