28 de dezembro de 2022 1:49 por Da Redação
Sem deixar claro que o convite não foi feito pelo presidente da República eleito, mas sim pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, o delegado Fábio Costa (PP/AL) disse, em suas redes sociais, que não vai à posse de Lula (PT), no próximo domingo, dia 1º de janeiro. Deputado federal eleito, Costa, que representa a extrema-direita, afirmou que não acredita em Lula como líder e gestor público.
“Diante de tantos motivos, destaco a minha não crença nele enquanto líder e gestor”, disse o deputado.
Publicado no Diário oficial da União, o ato convocatório assinado pelo senador Rodrigo Pacheco foi encaminhado aos 513 deputados federais e aos 81 senadores brasileiros, com base no inciso I, do § 6º do art. 57, combinado com o art. 82 da Constituição Federal.
Pelo ato convocatório, o presidente do Senado “faz saber que o Congresso Nacional está convocado para sessão solene destinada a receber o compromisso e dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República, eleitos em 30 de outubro do corrente ano, a realizar-se no dia 1º de janeiro de 2023, às quinze horas, no Plenário da Câmara dos Deputados”.
Lobby de armas
O convite que o vereador Fábio Costa exibe como se fosse um privilégio pessoal, e a ele dirigido pelo presidente eleito, Luiz Inácio da Silva, é, na verdade, um ato pró-forma, ou seja, uma obrigação legal. O mesmo convite foi encaminhado aos nove deputados federais e aos três senadores, que formam a bancada de Alagoas no Congresso Nacional.
Um dos defensores dos atos golpistas nas portas dos quartéis, o pernambucano Fábio Costa exerce o mandato de vereador de Maceió, ao qual deve renunciar ao assumir o mandato de deputado federal em fevereiro próximo.
Uma das razões apontadas pelo parlamentar para “não ir à posse de Lula” é a decisão do presidente eleito de restringir as medidas que liberam o uso de armas de fogo no país. O ainda vereador Fábio Costa defende que, aqueles que denomina “homens de bem”, possam andar armados.
Sua postura em favor do uso de armas pela população favorece a indústria bélica, ou seja, aos fabricantes de armas, que ganham milhões, e à criminalidade. A liberação do uso de armas faz aumentar a violência de milicianos e traficantes, que usam fuzis para implantar o terror nas grandes cidades brasileiras.
No vídeo em que diz por que não vai a posse de Lula, Fábio Costa é bem incisivo ao se colocar contra o futuro governo, inclusive contrariando a direção do Partido Progressista (PP), pelo qual foi eleito deputado federal em outubro último. Liderado pelo deputado Arthur Lira, o PP vai compor a base aliada do governo Lula. Pelo que afirmou no vídeo, Costa será oposição.
Nesse caminho, forma o núcleo radical da extrema-direita, composto ainda pelos deputados estaduais Cabo Bebeto (PL) e delegado Leonam, e pelo vereador Leonardo Dias (PL).
1 Comentário
Quando o indivíduo não tem educação e muito menos classe, faz o que esse cidadão fez.