23 de março de 2023 10:49 por Da Redação
Acervo discográfico sobre o poeta alagoano Guimarães Passos (Sebastião Cícero Guimarães Passos), nascido na antiga província de Alagoas, em 22 de março de 1867 e falecido em Paris, aos 9 de setembro de 1909, pelo mal do Romantismo (a tuberculose).
Um de seus poemas (A Casa Branca da Serra) foi musicado por Miguel Pestana e gravado em disco pelo sistema mecânico por Mario Pinheiro em 1904 (selo Amarelo da gravura) já em 1951, a gravação sofreu um arranjo por J.C. de Oliveira, sendo gravado por Vicente Celestino e também pelo cantor Cândido Botelho, mas, antes, o cantor das “Noites Enluaradas”, Paraguassú, havia interpretado em 1929 na Columbia.
Histórico da modinha “A Casa Branca da Serra”
Guimarães, aos 19 anos, foi para o Rio. Aventureiro, juntou-se ao grupo armado de Floriano Peixoto contra a revolta liderada por Custódio de Melo em 1894 (Revolução de 1893). Por destaque, foi promovido a Sargento e Alferes. Rompeu com Floriano e foi unir-se aos revoltosos indo para Desterro (hoje Florianópolis) Lá, conheceu Antônia Alves de Araújo, de família tradicional, e se apaixonou pela moça, contudo, perdendo os revoltosos para os federalistas, teve que exilar-se na Argentina. Lá, escreveu a famosa modinha.
De volta do exílio pós-anistia, entra na Academia Brasileira de Letras (ABL), indicado por Machado de Assis. Viaja à Europa para tratamento sem obter resultado. Morre em Paris, seu corpo foi trazido para o Brasil em 1921 e nunca concretizou seu amor por Antônia.
O Prisioneiro
“Nunca a verás; não queiras vê-la, não!
Deixa que o meu amor oculto cante
N`áurea gaiola do teu coração.”
Acervo e pesquisa: Claudevan Melo