5 de junho de 2020 4:45 por Marcos Berillo
O cantor Augusto Calheiros [1891-1956] nasceu no dia 5 de junho, na cidade de Maceió e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de janeiro de 1956.
Augusto Calheiros, “tornou-se conhecido como “A Patativa do Norte” por sua voz afinada e estilo peculiar de interpretação. Foi convidado a ser o cantor do grupo formado pelos irmãos Luperce (bandolim), João (bandolim), Romualdo Miranda (violão), Manoel de Lima (violão) e João Frazão (violão). Por sugestão do historiador Mário Melo foi escolhido o nome de “Turunas da Mauricéia”, em lembrança aos tempos do domínio holandês e do governo de Maurício de Nassau”, diz Cravo Albin, em seu dicionário.
A floresta se põe atenta para sentir o canto sonoro do nostálgico “Patativa do Norte” é preciso que todas as vozes se calem para ouvir o Uirapuru da canção brasileira, sua vertiginosa e inimitável voz arrebanhou os mais sutis e exigentes ouvidos da lida artística, seu porte fino de palco e microfone fez jus a ter vivido a era de ouro do nosso cancioneiro, do microfone ora postado, bem diferente do que acontece hoje em dia, onde parte do mundo artístico se transformou em macaquices de palco, jogos de luzes, fumaças e galeras. Tudo isso é dissonante e desconexo, sem beleza harmônica, nesse aspecto ficamos pobres.
A preocupação e a importância dada aos compositores, na época de Augusto Calheiros e tantos outros, onde os acompanhantes e a interpretação engrandecia a arte do Bel canto. Infelizmente, não há mais, Antenogens, Erothides, Catulo da Paixão Cearense, Zeca Ivo, autores de letras poéticas bem elaboradas.
Hoje, em silêncio, faz 128 anos do nascimento do brilhante alagoano Augusto Calheiros.
*Claudevan Melo é pesquisador e colecionador