O 1º de Maio tem uma tradição de luta que representa um marco histórico na batalha dos trabalhadores do mundo inteiro contra a exploração e a opressão perpetradas pelos patrões, seus governos e seu sistema judiciário.
Esta data foi estabelecida durante o Congresso da II Internacional Socialista em Paris, como o Dia Mundial do Trabalho, em memória dos mártires de Chicago (EUA), em homenagem às demandas operárias que foram desenvolvidas nesta cidade em 1886 e por tudo o que esse dia simboliza na luta dos trabalhadores por seus direitos, tornando-se um exemplo para todo o mundo.
Em maio de 1886, milhares de trabalhadores em Chicago foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas que enfrentavam e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. As manifestações incluíram passeatas, piquetes e discursos que tomaram conta da cidade. No entanto, o movimento enfrentou forte repressão: houve prisões, feridos e até mortos em confrontos entre os operários e a polícia.
A repressão imposta durante o conflito operário de Chicago em 1886 foi escalando gradativamente e atingindo níveis extremos. As autoridades decretaram um “Estado de Sítio” e uma proibição de sair às ruas, resultando na prisão de milhares de trabalhadores. As sedes dos sindicatos foram incendiadas e criminosos e gângsters, contratados pelos patrões, invadiram as casas dos trabalhadores, espancando-os e destruindo seus pertences.
Em tal caso, a justiça burguesa e anti-operária tornou-se evidente ao levar a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. Foram apresentadas provas e testemunhas falsas, e Parsons, Engel, Fischer, Lingg e Spies foram condenados à morte por enforcamento, enquanto Fieldem e Schwab foram sentenciados a prisão perpétua e Neeb a quinze anos de reclusão.
Reiteramos que, o 1º de maio é uma celebração em honra aos oito líderes do movimento trabalhista dos Estados Unidos que foram executados por enforcamento em Chicago, em 1886. Eles foram detidos e julgados sumariamente por liderar manifestações que começaram precisamente neste dia.
Nesse ínterim, em um artigo publicado no JPN, Filipa Silva destaca que a primeira celebração do 1º de Maio em Portugal realizada após aRevolução dos Cravos foi um marco histórico. A manifestação foi a maior já organizada no país, reunindo mais de meio milhão de pessoas em Lisboa. Para muitos portugueses, o evento foi uma maneira de expressar apoio ao 25 de Abril, que restaurou a democracia no país uma semana antes. Enquanto isso, no Brasil, a data é comemorada desde 1895 e se tornou feriado nacional em setembro de 1925 por meio de um decreto presidencial.
Para mais, afim de celebrar o Dia Mundial do Trabalho, o Cinema Sétima Arte preparou uma seleção especial de filmes que abordam a temática do mundo do trabalho. Essa é uma homenagem sincera aos trabalhadores de todas as áreas e uma oportunidade de refletir sobre a importância das relações de trabalho na sociedade.
Acreditamos que, o trabalho é uma das principais formas de realização pessoal e profissional e que merece ser valorizado e respeitado em todas as suas formas. Nesse sentido, convidamos todos a assistir aos filmes selecionados e se inspirar com as histórias e personagens que retratam a força e a dedicação dos trabalhadores em todo o mundo.
Confira:
“Germinal” (1993), de Claude Berri
A Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII na Europa, marcou um período de intensas mudanças políticas, econômicas e sociais na história da humanidade. Esse processo transformou profundamente as estruturas sociais, dando origem a novas formas de organização da produção e do trabalho, como a fábrica, que substituiu a produção artesanal e iniciou um novo estágio do desenvolvimento industrial.
Nesse contexto, o escritor francês Émile Zola, um dos maiores representantes do naturalismo literário, teve sua obra-prima, “O Germinal”, publicada em 1885. O livro retrata de forma brilhante as transformações provocadas pela Revolução Industrial na França, especialmente no que se refere às condições de trabalho e às lutas de classe existentes na sociedade capitalista.
A história se passa nas minas de carvão francesas, onde os trabalhadores enfrentam uma realidade desumana, com longas jornadas de trabalho, salários baixos e condições precárias de vida. O protagonista, Étienne Lantier, é um jovem mineiro que se revolta contra a exploração e a miséria a que está submetido, liderando uma greve dos trabalhadores.
A obra de Zola retrata, de forma realista e detalhada, o processo de instalação do capitalismo nas cidades, o ritmo acelerado da produção e a exploração dos trabalhadores pelos patrões. Além disso, aborda as transformações sociais que ocorreram na época, como o surgimento da classe operária e a luta pela conquista de direitos trabalhistas.
A adaptação cinematográfica de “O Germinal”, dirigida pelo cineasta francês Claude Berri em 1993, retrata de forma visceral e impactante as condições de trabalho nas minas de carvão, a luta dos trabalhadores e as consequências da exploração desenfreada na sociedade. O filme é uma denúncia contundente da brutalidade do capitalismo e um alerta sobre a importância da luta pela justiça social e pelos direitos trabalhistas.
“Eles não usam black-tie” (1981), de Leon Hirszman
O filme “Eles não usam black-tie”, realizado por Leon Hirszman em 1981, é uma adaptação da peça teatral homônima de Gianfrancesco Guarnieri. A obra retrata a vida dos operários durante a greve dos metalúrgicos de São Paulo em 1979, período que marcou o fim da ditadura militar brasileira.
Ao longo do filme, é possível perceber a importância do novo protagonismo operário na luta contra o regime autoritário, evidenciando que a mobilização dos trabalhadores foi fundamental para a derrota da ditadura. Além disso, o longa-metragem apresenta como a luta se desenrolava de maneira diferente em cada localidade, evidenciando as particularidades e os desafios enfrentados pelos trabalhadores em suas respectivas realidades.
A dificuldade de organização é um tema central abordado no filme, que retrata os embates não só entre os trabalhadores e os patrões ou sindicalistas e a ditadura, mas também entre os próprios trabalhadores e sindicalistas que divergiam por questões políticas e estruturais.
Dessa forma, “Eles não usam black-tie” apresenta uma reflexão sobre a importância da união e da solidariedade entre os trabalhadores na luta por melhores condições de trabalho e pela conquista de direitos.
“Pão e Rosas” (2000), de Ken Loach
“Pão e Rosas” apresenta a história de um grupo sindical de trabalhadores terceirizados do setor de limpeza nos Estados Unidos, que luta contra a precarização extrema do trabalho. A trama é uma representação fiel de uma mobilização real ocorrida em Los Angeles, no ano de 1990, e retrata a desintegração do tecido social em um contexto semelhante ao proposto pela reforma trabalhista no Brasil.
Sob a realização de Ken Loach, renomado diretor de “Eu, Daniel Blake”, o filme apresenta uma discussão aprofundada sobre os direitos trabalhistas e sindicais, bem como a questão da imigração nos Estados Unidos, em particular a dos mexicanos e caribenhos.
De maneira clara e precisa, a obra evidencia os traços distintivos de um trabalho de alta precariedade, que incluem assédio moral por parte do supervisor da equipe, invisibilidade dos trabalhadores terceirizados, disparidades salariais gritantes resultantes da falta de proteção coletiva, dificuldades de representação sindical, esforços por parte do empregador em semear conflitos entre os trabalhadores, práticas machistas, demissões em massa, tentativas do contratante em eximir-se da responsabilidade pelo trabalho precário e repressão policial de manifestações.
“O Corte” (2005), de Costa-Gavras
“O Corte” é um filme que mergulha profundamente nas consequências da competição implacável que é imposta aos trabalhadores na sociedade contemporânea. Através da história de um assassino em série, Costa-Gavras apresenta uma visão crítica e perturbadora da forma como a luta pela sobrevivência no mercado de trabalho pode afetar a vida das pessoas de maneiras inimagináveis.
O personagem principal, Bruno, é retratado como alguém que se vê obrigado a competir de forma cada vez mais acirrada para garantir a própria sobrevivência financeira. Sua busca desesperada por um emprego o leva a perseguir e sabotar outros candidatos desempregados, numa espécie de luta pela sobrevivência do mais forte. O fato de Bruno ser retratado como um assassino em série acrescenta uma camada ainda mais sombria à trama, e torna a crítica social ainda mais potente.
Apesar de toda a tensão e drama presentes na história, “O Corte” também apresenta momentos de humor bem colocados, que aliviam a tensão e tornam a obra mais acessível ao público.
No final, o filme é um retrato poderoso das consequências desumanas da competição sem limites na sociedade contemporânea.
“Passámos por Cá”(2019), de Ken Loach
“Passámos por Cá”, de Ken Loach, retrata a rotina desafiadora de uma família que tenta sobreviver na selva do livre mercado. Com uma mãe cuidadora de doentes, um pai entregador autônomo e dois filhos adolescentes, a família enfrenta a exaustão e a precariedade do mercado de trabalho atual.
O filme aborda o conceito de “uberização do trabalho”, que se refere à oferta de serviços de transporte e entrega intermediados por aplicativos de celular e realizados por proprietários privados. No enredo, o pai de família se vê tentado a vender o carro da esposa, que presta serviços de cuidados a idosos e portadores de deficiências, para comprar um veículo maior e fazer entregas.
A “uberização do trabalho” é um fenômeno que se expandiu nos últimos anos, especialmente após a pandemia, e tem afetado diversos setores da economia. Esse modelo de trabalho muitas vezes impõe jornadas exaustivas, falta de direitos trabalhistas e insegurança financeira para os trabalhadores.
O filme de Loach é uma reflexão sobre as consequências dessa realidade para as famílias e indivíduos que tentam sobreviver em meio a essa precariedade.
“7 Prisioneiros” (2021), de Alexandre Moratto
“7 Prisioneiros”, de Alexandre Moratto é um filme impactante que aborda um tema urgente e atual: a escravidão moderna. Infelizmente, essa prática ainda é uma realidade no Brasil, afetando milhares de pessoas que são vítimas de exploração e abuso em condições semelhantes à escravidão. O longa acompanha a história de Mateus, um jovem que sai do interior em busca de uma oportunidade de trabalho em São Paulo, mas acaba sendo vítima desse sistema cruel.
Através da jornada de Mateus, o filme mostra como funcionam os sistemas de exploração e opressão, revelando as profundas feridas da desigualdade social em nosso país. Luca, o responsável pelo ferro-velho onde Mateus é forçado a trabalhar, é um personagem importante na trama e é interpretado de forma brilhante por Rodrigo Santoro.
Luca representa a face mais sombria da exploração humana, um homem que está disposto a tudo para lucrar, mesmo que isso signifique colocar a vida de outras pessoas em risco. Ele é um exemplo vívido de como a ganância e a falta de empatia podem levar a situações extremas de violência e injustiça.
“7 Prisioneiros” é um filme que nos faz refletir sobre o impacto da escravidão moderna em nossas vidas e sobre a importância de lutarmos contra essa prática cruel e desumana. É um alerta para que possamos estar atentos aos sistemas de exploração e opressão presentes em nossa sociedade e para que possamos trabalhar juntos em prol de um futuro mais justo e igualitário.
“Tempos Modernos” (1936), de Charles Chaplin
Situado na década de 30, logo após a crise financeira de 1929, conhecida como “Grande Depressão”, o enredo de “Tempos Modernos”, magnum opus de Charles Chaplin, gira em torno de um trabalhador comum em busca de sucesso profissional e pessoal em meio a uma sociedade repleta de avanços tecnológicos e conflitos sociais.
Nesse período, o capitalismo sofreu uma significativa recessão que levou ao colapso da bolsa de valores de Nova York, além de outras tensões sociais que resultaram em altos índices de desemprego, fome e pobreza. O filme apresenta a preocupação dos donos dos meios de produção em obter cada vez mais lucro através da exploração dos trabalhadores.
Ao mesmo tempo, ocorreu um significativo avanço tecnológico conhecido como “modernidade”. As fábricas desenvolveram sistemas de produção que visavam aumentar a eficiência do trabalho e da produção dos operários. O taylorismo e o fordismo foram algumas das estratégias utilizadas pela classe dominante para atingir esse objetivo.
Nessas abordagens, os trabalhadores eram responsáveis apenas por uma tarefa específica, o que elevava a produtividade e os lucros dos patrões, mas sem compreender todo o processo de construção dos produtos.
No seu mais recente filme, “O Lodo“, o renomado diretor mineiro Helvécio Ratton traz às telonas a adaptação do conto homônimo de Murilo Rubião, conhecido por sua atmosfera gótica e elementos kafkianos que criam uma sensação sufocante. Produzido pela Quimera Filmes e distribuído pela Cineart Filmes, o filme estreou em 13 de abril nas seguintes cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Betim, Brasília, Contagem, Porto Alegre e Salvador.
“O que mais me atraiu no conto foi a naturalidade com que Rubião insere o absurdo na vida dos personagens, à maneira de Kafka. No filme, há uma tensão crescente entre a narrativa realista e a sucessão de acontecimentos insólitos na vida do protagonista. Por um lado, tudo está em seu lugar, a vida parece seguir seu curso normal. Mas, por trás dessa normalidade aparente, irrompe o absurdo, com sua própria lógica, e nos desconcerta”, diz o diretor Helvécio Ratton.
A comparação com Kafka é interessante, uma vez que o autor também é conhecido por sua abordagem absurda e surrealista em suas histórias. A menção ao absurdo com sua própria lógica também é significativa, destacando que, apesar de parecer ilógico à primeira vista, o absurdo no conto possui uma coerência interna que o torna ainda mais intrigante.
Manfredo (interpretado por Eduardo Moreira) é o protagonista do filme, um funcionário de uma empresa de seguros que está constantemente preso em suas rotinas burocráticas. Sentindo-se deprimido, ele decide buscar ajuda do Dr. Pink (interpretado por Renato Parara), um psiquiatra.
O roteiro do filme, escrito por Ratton e L. G. Bayão, combina realismo e fantasia, transitando entre diferentes gêneros. “Sonho e realidade se misturam no filme, as fronteiras entre eles são fluidas, às vezes quase imperceptíveis. O Lodo mistura suspense, humor, horror… Minha ideia é colocar o espectador na mente do protagonista, em seu mundo cada vez mais estranho e claustrofóbico.”
A lista de atores e atrizes do Grupo Galpão no elenco do filme é composta por diversos talentos. A relação deles, fruto de uma longa parceria nos palcos, resulta em interpretações primorosas, sobretudo de Eduardo Moreira e Inês Peixoto. Esta última interpreta a irmã do protagonista, que aparece de forma inesperada na história, acompanhada de um jovem desconhecido. Sua personagem é astuta e traz à tona lembranças do passado de Manfredo, unindo-se ao Dr. Pink.
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A fotografia de Lauro Escorel realça a atmosfera da trama, que se desenrola predominantemente em ambientes fechados, intensificando a opressão emocional enfrentada pelo protagonista.
“Foi um desafio encontrar a linguagem adequada para contar no cinema essa história realista e absurda ao mesmo tempo. Tive ao meu lado uma equipe afinada, com muita gente talentosa e experiente, com quem já fiz outros filmes, e esse entrosamento fez muito bem a O Lodo. E foi um privilégio contar com atores do Grupo Galpão e outros ótimos atores de Minas, o que me permitiu fazer um trabalho intenso antes da filmagem e encontrar o tom certo da interpretação.”
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Exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o filme recebeu ótimas críticas. “Existem algumas razões para supor que O Lodo seja o melhor trabalho do diretor Helvécio Ratton. Talvez a mais óbvia delas seja a boa direção de atores. Talvez a mais importante seja a maneira como Ratton consegue, aqui, transitar entre o mundo cotidiano e o dos pesadelos que assombrarão seu protagonista”, escreve Inácio Araújo no jornal Folha de S. Paulo.
Há 59 anos atrás, o Brasil foi alvo de um golpe militar que instaurou uma cruel, cínica e prejudicial ditadura no país. A junta militar se uniu a empresários, à grande imprensa e à embaixada norte-americana para destruir a frágil democracia brasileira e impor um regime autoritário e anti-povo. Desde pelo menos 1961, as forças mais reacionárias do país vinham tentando um golpe contra o regime democrático, e em 1964, finalmente conseguiram.
O período seguinte foi marcado pelo terror, corrupção e ampliação das desigualdades por 20 anos. A ditadura, alinhada aos interesses dos EUA, perseguiu opositores, jornalistas, operários, professores, indígenas, movimentos sociais, sindicatos e estudantes.
Durante esse período, milhares de pessoas foram demitidas, exiladas, presas, torturadas e mortas. A economia do país cresceu à custa de um enorme endividamento e do arrocho salarial imposto aos trabalhadores. A inflação e a carestia consumiram a renda das famílias, anulando qualquer ganho oriundo do mal chamado “milagre econômico”.
Apesar disso, o povo resistiu de várias formas. Alguns exerceram resistência dentro dos movimentos sociais, enquanto outros se exilaram para não serem mortos ou perseguidos. Outros ainda foram para a luta armada, numa tentativa desesperada de derrubar, pela força, um regime brutal e assassino.
A ditadura foi derrotada pela força avassaladora da classe trabalhadora, que começou a se reorganizar e a lutar contra os efeitos concretos da gestão militar na economia e depois contra a própria ditadura a partir da metade dos anos 1970. Apesar das grandes lutas pela anistia e por eleições diretas, a ditadura não foi derrubada em um levante revolucionário. Um resquício de força permitiu ao regime militar transmitir pacificamente o poder a um presidente civil em eleições indiretas em 1985.
Antes de deixar o poder, os militares concederam a si mesmos uma anistia que beneficiou conspiradores, assassinos e torturadores, preservando a estrutura e a ideologia profundamente reacionárias das Forças Armadas. É por isso que o fantasma do golpe militar e da ditadura ainda ronda o país.
Recentemente, em 08 de janeiro, uma nova tentativa golpista ocorreu no Brasil, mas foi derrotada. Nos últimos anos, o fascismo voltou a emergir no país com o surgimento do bolsonarismo como uma força política influente e de massa, infiltrando-se em diversos setores da sociedade, desde o parlamento até as ruas e redes sociais. É um dos maiores desafios da atualidade fazer o fascismo retornar ao esgoto da história, de onde nunca deveria ter saído.
Para que jamais esqueçamos o terrível período da ditadura no Brasil, é imprescindível que mantenhamos viva a memória através da arte e da cultura. Com esse intuito, o Cinema Sétima Arteselecionou cuidadosamente alguns filmes que têm como pano de fundo esse triste período da história brasileira. Essas obras cinematográficas buscam trazer à tona os horrores e as injustiças cometidas pelo regime autoritário, a fim de que possamos compreender a gravidade do que ocorreu e prevenir que situações semelhantes se repitam no futuro.
Confira:
“Batismo de Sangue” (2007), de Helvecio Ratton
O filme é uma obra baseada em eventos históricos e relata a participação de frades dominicanos durante o período de ditadura militar, ocorrido no final dos anos 60. Esses frades, motivados por seus ideais cristãos, decidem apoiar a luta armada contra o regime opressor vigente na época. O enredo é adaptado a partir do livro de Frei Betto, ganhador do prémio Jabuti, e apresenta uma narrativa envolvente que evidencia a coragem e determinação desses religiosos em enfrentar um regime que violava constantemente os direitos humanos e perseguia aqueles que lutavam pela democracia e pela liberdade. O filme nos permite mergulhar em uma época turbulenta da história do país e nos apresenta uma perspectiva única sobre a resistência à ditadura, destacando o papel fundamental dos frades dominicanos na luta pela justiça social e pela igualdade.
“O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” (2006), de Cao Hamburger
“O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” é um filme que retrata o contexto político do Brasil nos anos 70, durante a ditadura militar, sob a perspectiva de um garoto de 12 anos chamado Mauro. A obra aborda as consequências da repressão política na vida das pessoas comuns e destaca a união e a solidariedade de diferentes grupos sociais que se uniram na resistência ao regime autoritário. Além disso, o filme aborda questões como a identidade e a diversidade cultural, com destaque para a comunidade judaica retratada no bairro em que Mauro vive com seu avô. O diretor Cao Hamburger utiliza a linguagem cinematográfica de forma sensível para transmitir os sentimentos e as percepções do protagonista em relação ao mundo ao seu redor. O filme é uma reflexão sobre a importância da união e da solidariedade em momentos difíceis.
“O que é isso, companheiro?” (1997), de Bruno Barreto
O filme “O que é isso, companheiro?” retrata o sequestro do embaixador americano no Brasil em 1969, ocorrido durante a ditadura militar. Embora tenha algumas licenças ficcionais, a história baseia-se em fatos reais e mostra a atuação de grupos guerrilheiros de esquerda na resistência à repressão e à censura do regime militar. O filme aborda também a questão da violência e da tortura praticadas pelos militares, assim como a adesão da imprensa e da classe média ao discurso oficial de “segurança nacional”, em detrimento das garantias democráticas. Com uma narrativa envolvente e bem estruturada, “O que é isso, companheiro?” é um retrato marcante de um período sombrio da história brasileira, e uma reflexão sobre os limites da luta armada como forma de resistência política.
“Eles não usam black-tie” (1981), de Leon Hirszman
O filme “Eles não usam black-tie” é baseado na peça homónima de Gianfrancesco Guarnieri e retrata a vida operária durante a greve dos metalúrgicos de São Paulo em 1979, período final da ditadura militar no Brasil. O filme destaca a importância do novo protagonismo operário na derrota da ditadura, e mostra como a luta acontecia de forma diferente em cada lugar. A dificuldade de organização é o tema central do filme, com embates não só entre trabalhadores e patrões, ou sindicalistas e a ditadura, mas também entre os próprios trabalhadores e sindicalistas que divergiam por questões políticas e estruturais.
“Marighella” (2019), de Wagner Moura
O filme “Marighella” é uma produção de 2019, que só foi lançada no Brasil em 2021, e conta parte da história de Carlos Marighella, um guerrilheiro comunista que foi um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar no Brasil. O filme apresenta uma narrativa ficcional, mas baseada em eventos históricos reais. A história se passa na década de 1960 e retrata a luta de Marighella contra o regime autoritário, seu envolvimento com a resistência armada e sua relação com outros personagens históricos da época. A produção é relevante por abordar um período importante da história do Brasil e levantar questões sobre a resistência política e a luta por direitos e liberdades civis. A narrativa do filme também reflete as tensões e conflitos que existiam dentro dos grupos de esquerda na época, e mostra como a luta contra a ditadura militar era uma batalha difícil e perigosa. No entanto, vale ressaltar que o filme não é um retrato fiel da história e tem elementos ficcionais que não condizem com a realidade, o que deve ser levado em conta ao analisar sua narrativa.
“Zuzu Angel” (2006), de Sérgio Rezende
O filme “Zuzu Angel” dirigido por Sérgio Rezende em 2006 retrata a história real da estilista Zuzu Angel e sua busca incansável pelo filho Stuart Angel Jones, militante político que foi preso, torturado e assassinado durante a ditadura militar no Brasil nos anos 60 e 70. Após a morte do filho, Zuzu se tornou uma figura internacionalmente conhecida e, em 1976, foi encontrada morta em um acidente de carro, que suspeita-se ter sido encomendado pelos militares. Em 2014, durante a Comissão da Verdade, o ex-agente de repressão Cláudio Antônio Guerra confessou que a morte da estilista havia sido encomendada para evitar que sua voz ameaçasse a continuidade da ditadura militar. O filme aborda a luta de Zuzu Angel para encontrar seu filho e denunciar as atrocidades cometidas pelo regime militar, tornando-se um marco da resistência contra a ditadura.
“Ação Entre Amigos” (1998), de Beto Brant
“Ação Entre Amigos” é um filme que conta a história de quatro amigos que se reunem para pescar e que têm um passado em comum: participaram de ações armadas contra a ditadura militar no Brasil. Vinte e cinco anos depois, Miguel, um dos protagonistas, descobre que o militar que os torturou durante meses está vivo e propõe uma última missão aos amigos: matar o torturador. O enredo apresenta questões éticas e morais complexas sobre justiça, vingança e perdão, além de permitir uma reflexão sobre a construção narrativa e veracidade histórica na representação cinematográfica de eventos históricos. Há semelhanças com a história contada em “A Morte e a Donzela”, baseada na peça de Ariel Dorfman, em que uma vítima de tortura durante a ditadura militar busca vingança contra o torturador que acredita ter reencontrado.
Após cinco anos, o comediante e apresentador de televisão Jimmy Kimmel retorna pela terceira vez como apresentador na 95.ª edição do Oscar, a ser realizada, hoje, 12 de março, no Dolby Theatre.
Isso mesmo, Kimmel será novamente o anfitrião da noite mais aguardada e celebrada da sétima arte. O regresso foi anunciado no dia 7 de novembro de 2022 por Glenn Weis e Ricky Kirshner, os produtores executivos e showrunners por trás do prêmio.
Nessa perspectiva, recordo que, Kimmel comandou anteriormente as edições de 2017 e 2018, a primeira das quais produziu o famoso erro de melhor filme de “La La Land”e “Moonlight”.
Nesse quadro, Kimmel foi o último apresentador fixo (nas cerimônias de 2017 e 2018). Já no ano de 2020, em que foi instalado o formato sem apresentadores fixos, o Oscar registrou um aumento de audiência, atingindo 29.56 milhões de pessoas. Por outro lado, o índice caiu com a repetição do esquema, em 2020 (23.64 milhões), e desabaram em 2021 (10.4 milhões).
Em tom comparativo, a revista norte-america Varietyressalva que a edição de 2022 apresentada por Amy Schumer, Wanda Sykes e Regina Hall, teve uma média de 16,6 milhões de espectadores – uma recuperação do recorde de baixa do ano anterior, mas ainda uma das cerimônias com a classificação mais baixa de todos os tempos. Os Oscares anteriores de Kimmel, em 2018, tiveram uma média de 26,5 milhões de espectadores.
Nesse ponto, numericamente, agora, Kimmel faz parte do clube seleto de apresentadores com mais de uma edição apresentada. Feito realizado por Jerry Lewis, Steve Martin, Conrad Nagel e David Niven. Entretanto, os únicos artistas com mais edições apresentadas, são: Whoopi Goldberg e Jack Lemmon (4), Johnny Carson (5), Billy Crystal (9) e Bob Hope (11), respectivamente.
Aliás, de forma ampla, na última década a cerimônia do Oscar teve como anfitriões: Amy Schumer, Wanda Sykes e Regina Hall (2022), Jimmy Kimmel (2017 e 2018), Chris Rock (2016), Neil Patrick Harris (2015), Ellen DeGeneres (2014), Seth MacFarlane (2013), Billy Crystal (um veterano que regressou pela nona vez em 2012), James Franco e AnneHathaway (2011) e Steve Martin e AlecBaldwin (2010).
Desse modo, o jornalista Clayton Davis, daVariety, sublinha que, casualmente (ou não) o retorno de Kimmel ao Oscar ocorreu justamente após o apresentador renovar com ABC por pelo menos mais três anos, até a 23ª temporada do programa “Jimmy Kimmel Live”.
Bom, não há informações oficiais sobre quem também pode ter sido abordado para a cerimônia. Mas, segundo fontes ligadas à Variety, os produtores procuraram o comediante Chris Rock, apresentador anterior que levou um tapa durante a transmissão do ano passado pelo eventual vencedor de melhor ator Will Smith.
Enfim, ao que parece, Glenn Weis e Ricky Kirshnerestão tentando reconquistar os dias de glória da suntuosa premiação. Ao passo que a Academia espera que um rosto familiar como Kimmel, que ganhou notas sólidas por suas passagens como apresentador do prêmio e do Emmy, seja o caminho mais seguro a seguir nesses tempos sombrios.
Globalmente, a cerimônia será transmitida em direto pela ABC, neste domingo, 12 de março, às 20h, no Dolby Theatre de Los Angeles para mais de 200 territórios em todo o mundo.
A TV Globo abriu mão dos direitos de transmissão do Oscar na TV aberta e no streaming. Posto isso, para aqueles que dispõem do acesso aos serviços de streamings ou TVs fechadas, este ano, a premiação será exibida na HBO MAXe no canal fechado TNT. A Warner Bros. Discovery confirmou que, em ambos os canais, a apresentação da cobertura será de Ana Furtado, ela estará acompanhada da atriz Camila Morgado, como convidada, e do comentarista Michel Arouca.
Após debutar em quarto lugar na lista de maiores bilheterias do fim de semana, levando um público aproximado de 100 mil espectadores às salas de cinema, “A Baleia” terá o seu circuito ampliado a partir de amanhã, quinta-feira, 2 de março.
Dirigido por Darren Aronofsky, o drama é protagonizado por Brendan Fraser, que levou neste último domingo (26/2) o Screen Actors Guild Awards de Melhor Ator, assumindo o favoritismo ao Oscar, maior premiação do cinema na qual é finalista na mesma categoria.
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Fraser
No drama psicológico aronofskiano, Fraser interpreta Charlie, um professor de 270 Kg, que não consegue sair do sofá, e repleto de problemas emocionais. No Festival de Veneza, em setembro passado, ele também recebeu quase 10 minutos de aplausos na sessão de gala do longa.
Fraser se transformou fisicamente para viver o personagem: um homem com obesidade severa que não consegue sair do sofá. Professor de literatura, ele precisa se confrontar com seu passado, que envolve uma filha adolescente (Sadie Sink) e sua ex-mulher (Samantha Morton). O roteiro é escrito por Samuel D. Hunter, baseado em sua peça homônima.
Transformação de Fraser
Fraser se transformou fisicamente para viver o personagem: um homem com obesidade severa que não consegue sair do sofá. Professor de literatura, ele precisa se confrontar com seu passado, que envolve uma filha adolescente (Sadie Sink) e sua ex-mulher (Samantha Morton).
“O que eu gosto sobre A Baleia é como nos convida a ver a humanidade dos personagens, que não são totalmente bons ou maus, eles têm nuances como qualquer pessoa e vivem vidas muito ricas“, conta Aronofsky, que se interessou em adaptar a peça desde que a viu, mais de dez anos atrás.
Entrega ao papel
Fraser, por sua vez, conta que teve uma entrega total ao personagem, como nunca fizera antes, para mostrar toda a força e vulnerabilidade de Charlie. “Ele tem uma melancolia que o paralisa que vem do fato de nunca poder ter sido a pessoa que queria ser. Ele carrega muitos sentimentos de culpa“, explica o ator.
Fraser também defende o personagem, que, para ele, não é mesquinho ou calculista, mas vítima de suas próprias escolhas. “Charlie feriu as pessoas por não ser direto, não ser autêntico, e agora vive uma batalha consigo mesmo. Ele deixou de lado acertar as contas com as pessoas que amava e agora pode ser tarde demais para fazer isso. Quando diz aos seus alunos que precisam encontrar uma maneira de dizer a verdade, no fundo, ele está falando isso para si mesmo.”
Aronofsky e Fraser
Aronofsky confessa que sempre esteve próximo de Fraser durante todo o processo a fim de protegê-lo, pois sabia que, ao entrar no personagem, o ator também ficaria muito fragilizado emocionalmente. “Há uma espécie de casamento entre o poder das palavras do roteiro e a coragem da interpretação de Brendan. Conversamos muito sobre como queríamos aproximar, mas também afastar o público do personagem.”
“Preconceito contra obesidade é uma das últimas fronteiras das maneiras de uma pessoa menosprezar a outra. Muitas vezes, as pessoas do tamanho de Charlie são invisíveis, vistas apenas por suas famílias e cuidadores. É uma forma de silenciamento. Conversando com essas pessoas, percebi que, como qualquer um, elas querem ter suas histórias contadas, e serem tratadas de maneira justa e honesta. Isso tudo foi um impulso para me levar à autenticidade do personagem“, conclui Fraser.
Na quarta-feira (08/02), durante uma teleconferência com investidores, no qual detalhou os mais recentes resultados financeiros do primeiro semestre de 2023, Bob Iger, CEO da The Walt Disney Company, anunciou diversas sequelas para muitos dos populares títulos de animação da Pixar, subsidiária da gigante.
Durante o simpósio empresarial, Iger declarou que “Toy Story 5”, “Frozen 3”, “Zootopia 2” e “Inside Out 2” são os novos títulos de animação que estão atualmente em produção na companhia norte-americana.
Em linhas gerais, tal ato configura uma aposta de alto risco para companhia. Entretanto, é notável que o apelo a sequelas tende a reduzir o risco associado ao lançamento de novas franquias. Nesse sentido, apostar em produtos do portfólio amplia a possibilidade de sucesso e a rentabilidade rápida (seja nas salas de cinemas ou no streaming).
“Hoje estou muito feliz em anunciar que temos sequências em andamento de nossos estúdios de animação para algumas de nossas franquias mais populares, Toy Story, Frozen e Zootopia”, disse Iger. “Teremos mais para compartilhar sobre essas produções em breve, mas este é um ótimo exemplo de como estamos nos apoiando em nossas marcas e franquias incomparáveis”. (Via Deadline).
Ademais, detalhes sobre argumentos, realizadores e elenco devem demorar um pouco para aparecer, assim como data de lançamento e espaço de exibição (cinema ou streaming).
Contudo, ao que parece, que os três primeiros títulos podem ser lançados no cinema, e não diretamente no streaming da empresa. Como comentei acima, tais sequelas tem grande potencial lucrativo para instituição, com certeza Iger irá querer alcançar o maior público possível nas salas mundiais.
Nesta semana, o canal fechado Canal Brasil exibirá uma homenagem ao cineasta, diretor, roteirista, jornalista e cronista Arnaldo Jabor.
Hoje, 7 de fevereiro, completa um ano de sua morte. Nesse sentido, a partir de hoje, quartas e quintas, serão exibidos os principais longas dirigidos por ele, sempre à 0h30.
Jabor é um dos ícones da sétima arte nacional, com uma produção que vem desde o Cinema Novo, com premiadas obras ficcionais e documentais. O cineasta inaugurou a linha do “cinema verdade” de Jean Rouch, aproximando a câmera das pessoas nas ruas e dando destaque às contradições da classe média, da qual o próprio fazia parte.
Em mais de 50 anos de carreira, Jabor percorreu entre o cinema, o jornal, a TV e o rádio, ora tratando de política, ora contando uma história da juventude — ou unindo os dois como um malabarista. Em seus filmes e textos, procurava observar a sociedade brasileira, compreender seus paradoxos e criticar suas hipocrisias.
Programação
Hoje, 7, será exibido “Eu Sei que Vou te Amar” (1986), protagonizado por Fernanda Torres em uma interpretação que deu a ela o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes. Na quarta-feira (08/01), será exibido “Tudo Bem” (1978), estrelado por Fernanda Montenegro e Paulo Gracindo e exibido no Festival de Berlim e na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Já na quinta, dia 9, vai ao ar “Eu Te Amo” (1981), escrito e dirigido pelo cineasta, com Sônia Braga, Paulo César Pereio, Vera Fischer e grande elenco.
Na semana seguinte, será exibido “O Casamento” (1975), uma adaptação de um romance de Nelson Rodrigues, na terça, 14. Quarta, 15, vai ao ar a maior obra-prima de Jabor, “Toda Nudez Será Castigada” (1972), com Darlene Gloria interpretando Geni, a icônica personagem de Nelson Rodrigues. A produção venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim em 1973. “A Suprema Felicidade” (2010), estrelado por Marco Nanini, que marca a volta do cineasta à direção depois de 26 anos, fecha a programação na quinta-feira, 16.
Escrito e dirigido por Tarik Saleh, “Garotos dos Céus” estreou ontem (19/01) nos cinemas do país. A exibição é especial, pois, o longa de Saleh está na lista dos pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional, representando a Suécia, e teve sua première mundial na competição principal do Festival de Cannes, de 2022, do qual saiu com o prêmio de roteiro.
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Segundo Saleh, a ideia para o filme surgiu quando estava relendo o romance “O Nome da Rosa”, clássico do italiano Umberto Eco (1932-2016), que se passa num mosteiro medieval. Ao ler a obra, Saleh se perguntou:
“E se a história acontecesse no contexto muçulmano? Seria possível? Seria a mesma coisa que deixar uma criança brincar com fogo, mas, uma vez que esse pensamento me ocorreu, não conseguiria voltar atrás.”
Foco central
Assim sendo, o personagem central da produção é Adam, interpretado pelo palestino Tawfeek Barhom (“Os árabes também dançam”), filho de um pescador num vilarejo que recebe uma bolsa de estudos na mais prestigiosa universidade do Cairo, Al-Azhar, o epicentro do poder do islamismo sunita. O Grande Imã da universidade, considerado a maior autoridade religiosa no Egito, acabou de morrer, e está ocorrendo o processo para a escolha de um novo homem para o cargo.
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Nesse panorama, Saleh aponta que, do outro lado da rua, estão os quarteis de Segurança Nacional. “De um lado o poder religioso, e de outro, o poder do Estado, que precisa se certificar de que o novo escolhido compartilhe das mesmas ideias do governo, e, para isso, um oficial precisa encontrar um informante. E Adam acaba sendo o escolhido”.
Cinema de gênero e temas
Nesta obra, em especial, o diretor sueco está interessado no tido “Cinema de gênero”, aquele em que o diretor busca um contato direto com seu público. Para ele, o longa é um suspense que causará uma série de sensações e expectativas no público. Por esse ângulo, na ânsia de trazer a realidade à toda, Saleh atentasse a subverter tais expectativas, destruindo os clichês do gênero. De certo, isso pode até tornar o enredo uma biga hitita desgovernada, mas no fundo esse é objetivo do sueco.
Em paralelo, o cineasta ressalta que o longa não é uma crítica ao Islã, não é sobre expor segredos obscuros da religião, “mas é sobre compreender o poder do conhecimento – tanto como uma força libertadora ou aprisionadora. Eu queria fazer um filme sem julgamento. Sempre fui fascinado pela Universidade Al-Azhar e sua história.”
No mais, esse é o 6º. longa de Saleh, que tem no currículo, obras como: “Contrato Perigoso”, além de episódios das séries americanas “Westworld” e “Ray Donovan”. Além de Barhom (“Os árabes também dançam”), o elenco inclui Fares Fares (“Crimes Ocultos”), Makram Khoury (“Westwing – Os bastidores do poder”) e Mehdi Dehbi (“O homem mais procurado”).
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A lista final com os indicados ao Oscar será divulgada em 24 de janeiro, e a premiação acontecerá no dia 12 de março.
Nesta semana, o canal fechado History deu início a exibição da série documental inédita Coliseu (“Colosseum”, no original).
Em oito episódios, a produção original apresenta a ascensão e a queda do Império Romano, pela perspectiva histórica dos homens e mulheres que lutaram e morreram em uma das arenas mais brutais da história da humanidade – o Coliseu.
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Enredo
Passando pela verdade cruel da vida de um gladiador como guerreiro escravo, o uso político que os imperadores faziam do vasto anfiteatro e os desafios arquitetônicos de sua construção, a série documental oferece um retrato único do império mais icônico da história. Nesse sentido, a produçãolança mão de sequencias de reconstrução dramática e efeitos especiais para incluir emoção às narrativas pessoais de cada personagem histórico. A obra conta ainda com comentários de especialistas e pesquisadores renomados mundialmente.
A série
Cada episódio acompanha um dos diversos personagens-chave – todos baseados em pessoas reais da história, entre eles, os gladiadores Prisco, Vero e Mevia, o grande domador de feras Carpóforo, o construtor do Coliseu Haterio, o médico Cláudio Galeno, o bispo Inácio de Antioquia e o imperador Cômodo.
Abrangendo centenas de anos, a série se desenrola cronologicamente, desde o surpreendente dia da abertura da arena até seus últimos jogos.
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Para tanto, no episódio de estreia, “Os gladiadores, no ano 80 a.C.”, exibido no dia 16 de janeiro, o imperador Tito inaugura cem dias de jogos no Coliseu, jornada em que acontecerá um dos mais famosos combates de gladiadores da história romana: o bárbaro Prisco e o campeão de Roma, Verus, unidos ao longo de vários anos de treinamento, terão que lutar até a morte.
Poltergeists, animais assassinos, possessões demoníacas, crianças endiabradas, monstros gosmentos, vampiros centenários e algumas pessoas mutiladas, assassinadas, violadas e prosseguidas, são tudo o que temos na famosa sexta-feira 13.
Rafael Batista, do Mundo Educação resgata que há uma tradição, principalmente na cultura ocidental, que associa o número 13 e também a sexta-feira ao azar. Por isso, o dia 13, quando cai na sexta-feira, é considerado um dia de infortúnio, e os mais supersticiosos evitam alguns hábitos. No entanto, segundo ele, a origem do medo que algumas pessoas têm da sexta-feira 13 é desconhecida.
Entretanto, Batista sublinha que a origem da sexta-feira 13 também tem explicações na História, mais especificamente na monarquia francesa. Batista revela que, de acordo com a História, o rei Felipe IV sentiu seu poder ameaçado pela influência exercida pela Igreja dentro de seu país. Na tentativa de contornar a situação, ele tentou filiar-se à prestigiada ordem religiosa dos Cavaleiros Templários, mas foi recusado. Com raiva, o rei teria ordenado a perseguição dos templários em uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307.
Dito isto, apesar de toda simbologia, mitologia e história por trás da data, para outros, como os amantes de filmes de terror, é um momento ideal para entrar no clima e assistir aqueles filmes de arrepiar e traumatizar. Sabe, é tudo o que precisamos para trancar a porta e dormir com a luz acesa. Mas isso não é um problema. Afinal, estamos de férias, ou seja, fique à vontade no seu sofá, de preferência sozinho, no escuro e boa sorte.
Por isso, aproveitando a data, o UOL Play, plataforma de streaming do UOL, selecionou seis filmes para você “curtir” a data.
Confira:
O “Massacre da Serra Elétrica” (1987), de Tobe Hooper é um dos clássicos do cinema slasher, subgênero de filmes de terror que normalmente envolve assassinos psicopatas. A produção conta a história da jovem Heather, interpretada por Alexandra Daddario, que parte com seus amigos para o Texas após descobrir que sua avó, até então desconhecida, havia morrido e lhe deixado uma herança. Porém, ao chegarem na propriedade, os jovens acabam se deparando com o maníaco Leatherface e passam a lutar para sobreviver.
“Pânico” (1997), de Wes Craven, um dos sucessos mais amado do cinema, que tornou, inclusive, o antagonista dos filmes, Ghostface, em um símbolo da cultura pop. A trama é estrelada pela personagem Sidney Prescott (Neve Campbell), uma jovem que se torna vítima de uma sucessão de assassinos que adotam o disfarce do Ghostface para aterrorizar e matar suas vítimas. Durante o filme, ela recebe o apoio da repórter Gale Weathers (Courtney Cox) e do vice-xerife Dewey Riley (David Arquette).
O filme “O Grito” (2005), de Takashi Shimizu se passa em Tóquio, no Japão, onde a jovem americana Karen Davis está em um intercâmbio cultural pela faculdade. Karen é chamada para cuidar de uma idosa como parte de seu trabalho, mas passa a presenciar atividades estranhas na casa da senhora. Ao investigar o local e antigas lendas japonesas, a jovem descobre que a casa é amaldiçoada pelos espíritos de pessoas mortas ali anos atrás e se vê envolvida em um ciclo de horror.
“Halloween – A Noite do Terror” filme de 1978 dirigido por John Carpenter. No Dia das Bruxas de 1963, um menino de seis anos chamado Michael Myers assassina sua irmã mais velha, após esfaqueá-la com uma faca de cozinha. Quinze anos mais tarde, na véspera do Halloween, Michael Myers foge do hospital psiquiátrico onde estava internado desde o assassinato e volta para sua cidade natal, passando a perseguir e aterrorizar um grupo de jovens.
Já “Jogos Mortais”, de James Wan é o primeiro filme da franquia que leva o mesmo nome. Lançado em 2004, a produção teve um orçamento muito reduzido e foi filmado em apenas 18 dias, mas foi um sucesso de bilheteria na época. O filme concentra-se na história do médico Lawrence Gordon e do fotógrafo Adam Stanheight, que acordam em um banheiro imundo, acorrentados pelos pés. Eles descobrem que foram pegos por um serial killer chamado Jigsaw, que rapta pessoas e as coloca em armadilhas mortais, e devem correr contra o tempo se quiserem sair com vida.
Para fechar a lista, o Uol Play indica o clássico “Olhos Famintos” (2001), de Victor Salva e com produção executiva de Francis Ford Coppola. Na trama, os irmãos Trish e Darry se encontram em uma estrada pouco movimentada quando são ultrapassados por um caminhão em alta velocidade. Mais à frente, eles encontram o mesmo caminhão estacionado ao lado de uma igreja abandonada e descobrem algo horrível no porão da igreja, e passam a ser alvos de uma criatura perversa.
Enfim, para assistir esses e outros clássicos, acesse o link.
O drama “Aftersun”, filme de estreia da escocesa CharlotteWells, segue em exibição no Cine Arte Pajuçara, do Centro Cultural Arte Pajuçara (Av. Dr. Antônio Gouveia, 1113 – Pajuçara, Maceió – AL). O longa de Wells permanece na programação de 8 a 14 de dezembro.
As sessões acontecem seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para prevenção da disseminação do coronavírus, com o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social.
O filme que segue em exibição em algumas capitais, posteriormente, será lançado na plataforma de streamingMubi, em data a ser definida.
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Aftersun
Estreado na 75ª edição do Festival de Cannes, onde recebeu o Prêmio French Touch da Semana da Crítica, “Aftersun” parte das memórias de Sophie (Frankie Corio) que vai passar férias com o pai, Callum (Paul Mescal), na Turquia, nos anos 1990. Ele é jovem e separado da mãe da menina. Os dois passam os dias à beira da piscina, ou fazendo alguns passeios. Conversam, discutem. Em si, o longa-metragem é um relato direto e intenso sobre a relação terna e por vezes complicada entre pai e filha.
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Ontem (8), o longa britânico levou o Prêmio National Board of Review 2022 de Melhor Estreia na Direção. Recentemente, também ganhou o British Independent Film Awards 2022 de Melhor Filme Britânico Independente e o Gotham de Diretor (a)-Revelação. Em solo brasileiro, na última Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o cult levou o Troféu Bandeira Paulista.
É cedo para dizer, mas, Paul Mescal tem tudo para ocupar uma das cinco vagas do Oscar de Melhor Ator em 2023.
Confira os horários de exibição:
09/12: 16h20
10/12: 20h30
11/12: 20h30
13/12: SEM EXIBIÇÃO
14/12: 20h30
Confira a programação completa da semana
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Para saber mais sobre a programação, filmes em breve e outras informações, acesse: artepajucara.com.br
* Os ingressos para as sessões estão disponíveis exclusivamente na bilheteria do Cine Arte Pajuçara e podem ser adquiridos via dinheiro ou cartão de crédito/débito.
Meia-entrada
Possuem direito ao benefício estudantes, professores, pessoas acima dos 60 anos, jornalistas, radialistas, portadores de carteirinha SESI ou SENAI, funcionários da FAPEAL e pessoas com deficiência.
Os ingressos para sessões comuns só estão disponíveis para compra em nossa bilheteria e podem ser comprados por cartões de crédito, débito ou em dinheiro.
Para sessões especiais e eventos de terceiros, consulte as comunicações do próprio evento.
O dia 11 de setembro de 1973 entrou para a memória da América do Sul e da América Latina, como um dos momentos mais densos e sombrios da história e da política. Há 49 anos, nesta data, as Forças Armadas chilenas cercaram o Palácio de La Moneda e assassinaram brutalmente o presidente eleito constitucionalmente, Dr. Salvador Allende (1908-1973).
O Chile mergulhava numa das mais sangrentas ditaduras do continente, liderada pelo general Augusto Pinochet (1915-2006), que resultou na morte de mais de 3 mil pessoas.
Para entender o processo do golpe no Chile e a ditadura que se instaurou no país, selecionamos 4 documentários que vale a pena assistir:
Estádio Nacional (2002), de Carmen Luz Parot
De 11 de setembro a 9 de novembro de 1973, o Estádio Nacional do Chile foi usado como campo de concentração, tortura e morte. Mais de doze mil presos políticos foram presos lá sem acusações ou ações judiciais após o violento golpe militar contra o governo socialista de Salvador Allende. Pelo menos sete mil pessoas foram torturadas impunemente. Este documentário, realizado 30 anos depois, é a primeira investigação jornalística que fornece uma cronologia exata desses fatos.
A Batalha do Chile (1975, 1977 e 1979), de Patricio Guzmán
Considerado um dos melhores e mais completos documentários latino-americanos. Dividido em três partes (A insurreição da burguesia; O golpe militar e O poder popular), o filme cobre um dos períodos mais turbulentos da história do Chile, a partir dos esforços do presidente Salvador Allende em implantar um regime socialista (valendo-se da estrutura democrática) até as brutais consequências do golpe de estado que, em 1974, instaurou a ditadura do general Augusto Pinochet.
Salvador Allende (2004), de Patricio Guzmán
Desde a infância passada em Valparaíso à morte durante o golpe militar do General Pinochet em 11 de setembro de 1973, um panorama da vida e das realizações do presidente chileno Salvador Allende, incluindo entrevistas e imagens de arquivo.
La ciudad de los fotógrafos (2006), de Carito Pere
Durante a ditadura de Pinochet, na rua, no ritmo dos protestos, um grupo de fotógrafos formou e criou uma linguagem política. Para eles, fotografar era uma prática de liberdade, uma tentativa de sobreviver, uma alternativa para continuar vivendo. Eles representam o passado inóspito do Chile e a metamorfose da sociedade chilena.
O próximo lançamento de astronautas da SpaceX para a NASA foi adiado para 3 de outubro. A informação é do “Space.com”.
O site estadunidense recorda que a SpaceX e a NASA tinham como data 29 de setembro para o lançamento da missão Crew-5 para a Estação Espacial Internacional (ISS). Entretanto, o voo agora decolará não antes de 3 de outubro, anunciou a NASA em uma atualização no dia 25.
“O ajuste de data permite uma separação extra com o tráfego de naves que chegam e saem da estação espacial”, disseram funcionários da agência na breve atualização, que não identificou as missões específicas que são motivo de preocupação com o engarrafamento.
Segundo o “Space.com”, se tudo correr conforme o planejado, o Crew-5 agora será lançado no topo de um foguete Falcon 9 do Centro Espacial Kennedy da NASA na Flórida em 3 de outubro às 12h45 EDT (1645 GMT).
A tripulação da missão Crew-5 da SpaceX para a Estação Espacial Internacional. Da esquerda: Koichi Wakata da JAXA (Agência de Exploração Aeroespacial do Japão), a cosmonauta da Roscosmos Anna Kikina e os astronautas da NASA Nicole Mann e Josh Cassada. (Crédito da imagem: SpaceX)
O jornalista Mike Wall apurou que a missão enviará quatro astronautas à ISS a bordo de uma cápsula SpaceX Dragon: Nicole Mann e Josh Cassada da NASA, o astronauta japonês Koichi Wakata e a cosmonauta Anna Kikina, que se tornará a primeira russa a voar em uma espaçonave americana privada.
Por fim, o site lembra que este não é o primeiro atraso de lançamento do Crew-5. A NASA e a SpaceX anteriormente adiaram a decolagem do início de setembro para 29 de setembro para acomodar o trabalho de reparo no primeiro estágio do Falcon 9.
Recentemente, a NASA considerou todos os astronautas da agência para as missões lunares Artemis. A iniciativa reverte um anúncio de 2020 que selecionou 18 astronautas para essas missões, que a NASA chamou de “Equipe Artemis”.
“Do jeito que eu vejo, qualquer um dos nossos 42 astronautas ativos é elegível para uma missão Artemis”, disse o astronauta da NASA Reid Wiseman, chefe do escritório de astronautas no Johnson Space Center da NASA em Houston, a repórteres durante uma transmissão ao vivo na sexta-feira. “Queremos montar a equipe certa para esta missão.”
Segundo a agência norte-americana, a missão testará o megafoguete do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) e a espaçonave Orion para se preparar para futuras missões tripuladas à superfície lunar, se tudo correr conforme o planejado.
O “Space.com”, apurou que a lista de astronautas elegíveis parece ter se expandido ainda mais nos últimos meses, pois a NASA modificou os requisitos de exposição à radiação ao longo da vida para fornecer avaliações iguais, independentemente da idade ou sexo.
O site recorda que, no passado, mulheres astronautas disseram que enfrentavam discriminação sob os antigos requisitos, que permitiam que os homens acumulassem mais radiação – e, por sua vez, mais tempo no espaço. Por fim, recentemente, a NASA solicitou um feedback das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA para padrões mais recentes, que as academias endossaram em um relatório de 2021.
O Cabíria Festival Audiovisual, que este ano se configura em formato híbrido, selecionou seis longas-metragens para compor sua programação desta quarta edição, formada por 23 obras entre curtas, longas e microfilmes.
Eles serão exibidos Centro Cultural São Paulo (CCSP), entre 27 e 30 de julho, com entrada gratuita e retirada de senhas uma hora antes na bilheteria. Com exceção de “Pequena Mamãe” e “Faya Dayi“, os filmes também serão disponibilizados online na Mostra Cabíria, que vai ao ar na plataforma de streaming Cardume até 3 de agosto, também com gratuidade.
A sessão de abertura, no CCSP, apresenta o filme homenageado do ano: “Feminino Plural“, de Vera de Figueiredo, exibido às 20h30 do dia 27. Um filme de vanguarda, de 1976, conta a história de sete mulheres motoqueiras, amazonas modernas, que conduz, numa sequência de eventos vividos por elas e suas contradições, uma busca por um caminho revolucionário e libertário na vida em geral e no cinema em específico.
Programação
No dia 28, às 19h, o festival em parceria com a MUBI promove pré-estreia nacional em sessão única do longa-metragem “Faya Dayi”, da diretora mexicana-etíope Jessica Beshir. O filme foi aclamado em sua première mundial, em Sundance de 2021, e desde então passou por outros 25 festivais até chegar ao Brasil. Minutos antes, o público assiste a uma entrevista exclusiva com a diretora. A obra estreia em 10 de agosto na MUBI, distribuidora global e serviço de streaming com curadoria.
“Faya Dayi”, da diretora mexicana-etíope Jessica Beshir.
Outros três longas-metragens farão parte das sessões Curta+Longa, promovidas a cada dia de evento presencial. Ainda no dia 28, às 16h, o longa documental “Indianara“, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa – precedido pelo curta “Uma Paciência Selvagem Me Trouxe Até Aqui“, de Èrica Sarmet – sobre a luta da ativista que dá nome ao filme pela sobrevivência das pessoas transgêneras no Brasil.
Já no dia 29, às 19h, após o curta “Per Capita“, é a vez do longa “A Felicidade das Coisas“, de Thais Fujinaga, que estará presente para um bate-papo após a sessão. O filme, cujo roteiro foi vencedor do Prêmio Cabíria, conta a história de Paula, que sonha em construir uma piscina para os filhos na sua modesta casa de praia.
“A Felicidade das Coisas”, de Thais Fujinaga.
No dia 30, às 16h, após o curta “Curupira e a Máquina do Destino“, o filme “Pequena Mamãe” é exibido. Trabalho mais recente da cineasta Céline Sciamma, esteve no 71º Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2021, e foi premiado no British Independent Film Award (Melhor Filme) e no BAFTA (Melhor Filme Estrangeiro).
Encerrando a edição presencial, ainda no dia 30, às 20h, o festival exibe o longa “Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: A Terra é Nossa“, de Isael e Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero, precedido do curta “Quando a Noite Chegar, Pise Devagar“, de Gabriela Alcântara. Trata-se de um documentário que expõe as formas de genocídio contra os povos indígenas e a destruição massiva das florestas.
“Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: A Terra é Nossa”, de Isael e Sueli Maxakali.
O Centro Cultural Arte Pajuçara, via Cine Arte Pajuçara promove, nesta quarta-feira (13), às 20h20, um evento para arrecadar donativos para as famílias atingidas pelas fortes chuvas em Maceió.
Trata-se da pré-estreia do tão esperado filme de Baz Luhrmann “Elvis”, que tem gerado grande expectativa por parte da crítica e do público. A estreia mundial do longa está prevista para o dia 14 de julho.
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Sobre o filme
“O filme explora a vida e a música de Elvis Presley sob o prisma da complicada relação com o seu enigmático agente, Tom Parker”, diz a sinopse. “A história mergulha na complexa dinâmica entre Presley e Parker ao longo de 20 anos, desde o início da carreira de Presley até ao seu estrelato sem precedentes, contrastando com as mudanças culturais e a perda da inocência da América. No centro desta jornada está uma das pessoas mais importantes da vida de Elvis, Priscilla Presley”, continua a sinopse (via Observatório do Cinema).
Elvis Presley (Austin Butler) leva as fãs ao delírio em “Elvis” — Foto: Divulgação
O elenco de Elvis conta com Austin Butler como Elvis Presley e Tom Hanks como o Coronel Tom Parker.
Ingresso
Para assistir ao filme nesta quarta, que é o Dia Mundial do Rock, basta adquirir o ingresso por R$ 10,00 e levar um donativo como alimentos, roupas, produtos de higiene e cobertores, que serão doados para famílias atingidas pelas chuvas na capital. A pré-estreia está marcada para as 20h20.
Palavra do Centro Cultura Arte Pajuçara
Sobre a exibição, o diretor executivo do cinema Marcos Sampaio, declarou o seguinte:
“O filme estreia nesta quarta, uma pré-estreia especial, no Dia mundial do Rock, estamos trazendo o Elvis aqui para o Cine Arte Pajuçara oferecendo ao público a possibilidade de assistir em primeira mão, essa produção que vem chamando a atenção da crítica pela qualidade, por contar a história do rei do rock”, disse Marcos.
A doação é obrigatória no dia da pré-estreia do filme, mas aqueles que forem assistir ao filme depois do lançamento também podem fazer uma doação no cinema. De terça a quinta-feira todos pagam R$ 10,00 no ingresso do cinema e de sexta a domingo e feriados o ingresso fica por R$ 20,00 a inteira e R$ 10,00 a meia.
O diretor explicou que a data mundial da estreia do filme é na quinta-feira (14) e depois do lançamento o filme não tem data definida para sair de cartaz. A permanência do longa-metragem depende da audiência do público.
“Aproveitamos a oportunidade para convocar os espectadores a também colaborarem nessa campanha para minorar o sofrimento de muitos que perderam tudo com as últimas chuvas”, disse Marcos.
A ação é realizada pelo espaço cultural em parecia com a Central Única das Favelas (CUFA) em Alagoas, que tem corrido para atender às necessidades das vítimas e dá apoio às regiões periféricas da capital e do estado. Todos os donativos serão direcionados para a CUFA-AL.
O CEO da Paramount, Bob Bakish, manteve-se firme em sua posição de que não removerá conteúdo com diferentes sensibilidades aos padrões atuais do novo serviço de streaming da Paramount.
Como uma das empresas de produção mais antigas, a Paramount tem uma riqueza de material histórico, alguns dos quais naturalmente defendem sensibilidades datadas da época, mas Bakish disse que não removerá ou censurará tal conteúdo.
“Por definição, você tem algumas coisas que foram feitas em uma época diferente e refletem diferentes sensibilidades”, disse ele sobre alguns dos materiais mais antigos oferecidos.
Adicionando: “Eu não acredito em censurar a arte que foi feita historicamente, isso provavelmente é um erro. É tudo sob demanda – você não precisa assistir a nada que não queira.”
Além disso, quando questionado sobre a recente controvérsia em torno da compra e privatização do Channel 4 no Reino Unido, Bakish se recusou a especular sobre o assunto, simplesmente comentando: “Estamos bem com onde estamos no Reino Unido”.
O serviço de streaming é novo no Reino Unido e, como tal, está sendo vendido a uma taxa mais baixa de £ 6,99 e é apresentado como um reforço aos hábitos de visualização, em vez de um concorrente principal. O serviço também será gratuito para os clientes do Sky Cinema.
Muitas empresas da indústria do entretenimento já se manifestaram para garantir a seus funcionários que seus direitos à saúde são importantes para eles e destacaram opções para obter os cuidados de que precisam se moram em um estado que restringe esse acesso.
Em 24 de junho, a Suprema Corte dos EUA revogou a decisão Roe v. Wade de 1973 e eliminou o direito constitucional ao aborto, emitindo uma decisão histórica que provavelmente tornará o procedimento ilegal em metade do país e polarizará ainda mais uma nação profundamente dividida.
Sendo direto, a revogação significa que a decisão volta para os estados, muitos dos quais já tinham planos em vigor para que tal ato proibisse ou limitasse severamente quem pode fazer um aborto.
Infelizmente, o impacto promete ser transformador. Afinal, nesse contexto, vinte e seis estados proibirão quase todos os abortos, de acordo com o Instituto Guttmacher, uma organização de pesquisa que apoia o direito ao aborto. Ainda sobre a questão, treze estados já possuem as chamadas leis de gatilho projetadas para proibir automaticamente o aborto quando a lei entrar em rigor.
Isto posto, a decisão provavelmente desencadeará batalhas em várias novas frentes, incluindo o status de leis de aborto há muito adormecidas, como a proibição de Michigan de 1931. Nesse ponto, os legisladores em estados antiaborto terão que decidir se abrem exceções para casos de estupro ou incesto e se impõem penalidades criminais às pessoas que fazem abortos.
Por conseguinte, milhões de pessoas em todo os Estados Unidos agora encontram uma faceta crítica de sua saúde reprodutiva no ar, mas, felizmente, muitas empresas anunciaram como protegerão a saúde para aqueles que desejam fazer um aborto. É uma questão importante para os funcionários, com um estudo do Pew Research Center descobrindo que cerca de seis em cada dez americanos apoiam o aborto na maioria ou em todos os casos.
Em consideração a isso, muitas produtoras de Hollywood com escritórios em estados que planejam restringir o acesso ao aborto apresentaram seus planos para ajudar os funcionários que desejam procurar o procedimento médico.
Confira o posicionamento das gigantes:
Muitas empresas da indústria do entretenimento já se manifestaram para garantir a seus funcionários que seus direitos à saúde são importantes para eles e destacaram opções para obter os cuidados de que precisam se moram em um estado que restringe esse acesso. Isso inclui a Warner Bros. Discovery, onde um e-mail foi enviado aos funcionários afirmando:
“Dada a recente decisão da Suprema Corte de anular Roe v. Wade e a provável eliminação do acesso a abortos em alguns estados, estamos imediatamente expandindo nossas opções de benefícios de saúde para incluem despesas para funcionários e seus familiares cobertos que precisam viajar para acessar uma série de procedimentos médicos, incluindo cuidados com abortos, planejamento familiar e saúde reprodutiva” (via The Hollywood Reporter).
O CEO da Paramount, Bob Bakish, enviou um e-mail semelhante que abordou a decisão da Suprema Corte, destacando as políticas de saúde existentes da empresa, que incluem cobertura para despesas relacionadas a viagens no caso de um determinado procedimento ser proibido onde os funcionários moram.
A Netflix oferece um subsídio vitalício de US$ 10.000 para funcionários em tempo integral nos Estados Unidos para reembolso de viagens relacionadas à saúde, incluindo aborto, cuidados de afirmação de gênero e tratamento de câncer. Enquanto isso, a Disney também entrou em contato com seus funcionários para dizer como cobrirá viagens para outros locais para decisões relacionadas à gravidez.
O repórter Wikerson Landim apurou que os executivos da Disney também se comunicaram diretamente com as suas equipes, oferecendo com cuidados de qualidade e acessíveis para todos os funcionários, não importando onde eles morem.
Wikerson Landim também reportou que a controladora da NBC Universal, Comcast, preferiu não comentar o assunto, mas o Deadline apurou que a companhia oferece um benefício de viagem para funcionário que inclui todos os serviços e procedimentos médicos que não estão disponíveis perto da casa de um funcionário.
Por fim, uma fonte da Variety confirma que os funcionários da Sony têm um reembolso de viagem para cobrir serviços de saúde protegidos, que incluem saúde reprodutiva. Durante esse período difícil, é fundamental que os trabalhadores consultem suas próprias empresas, independentemente de estarem na indústria do entretenimento ou não, para ver quais coberturas são fornecidas e forçá-los a ir mais longe, se necessário.
Gustavo Petro é economista e ex-guerrilheiro de esquerda. No segundo turno, ele derrotou o milionário de direita Rodolfo Hernández.
O candidato da coalizão Pacto Histórico, Gustavo Petro, triunfa no segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia sobre Rodolfo Hernández após a pré-votação publicada pelo Registro Nacional do Serviço Civil.
De acordo com os resultados preliminares, com 99,74% das assembleias de voto, Gustavo Petro obteve 11.270.944 votos (50,49%), enquanto Rodolfo Hernández obteve 10.549.290 votos (47,26%). Ao mesmo tempo, os votos em branco atingiram 501.559 votos (2,24%) e 271.511 votos nulos (1,20%).
Recordamos que, no primeiro turno das eleições presidenciais, realizado em 29 de maio, o líder da esquerda, Gustavo Petro, teve 40,2% das preferências, e o independente Rodolfo Hernández 28,1%.
“Hoje é dia de festa para o povo. Que se celebre a primeira vitória popular. Que tanto sofrimento seja abafado pela alegria que hoje inunda o coração da pátria”, comentou o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia.
A votação:
As assembleias de voto fecharam às 16 horas locais. A partir desse momento começou a chamada pré-contagem. Paralelamente, iniciou-se o apuramento geral, que decorre em audiência pública no Conselho Nacional Eleitoral e cujo resultado final será conhecido posteriormente.
A pré-contagem é informativa e não tem valor jurídico vinculativo, enquanto a contagem geral, que está a decorrer em audiência pública no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), produzirá o resultado oficial, que poderá ser conhecido nos próximos dias.
Infograma cedido à imprensa
Segundo a impressa local, o presidente cessante da Colômbia, o uribista Iván Duque, disse ter chamado o líder do Pacto Histórico para “parabenizá-lo como presidente eleito pelo povo colombiano”. Acrescentou que concordaram em se reunir “nos próximos dias para iniciar uma transição harmoniosa, institucional e transparente”.
O candidato derrotado Rodolfo Hernández também parabenizou Petro e instou-o a implementar seu programa anticorrupção.
“Aceito o resultado, como deve ser, se queremos que nossas instituições sejam fortes. Espero sinceramente que esta decisão seja benéfica para todos e que a Colômbia caminhe rumo à mudança”, disse o candidato da Liga de Governantes contra a Corrupção.
Comemoração da esquerda latina:
Mensagens de felicitações foram enviadas a Petro pelo mexicano Andrés Manuel Obrador, pelo chileno Gabriel Boric, pelo hondurenho Xiomara Castro, pelo argentino Alberto Fernández, pelo cubano Miguel Díaz-Canel, pelo equatoriano Guillermo Lasso e pelo venezuelano Nicolás Maduro.
O líder mexicano chamou a vitória do economista de “histórica” e disse que “os conservadores na Colômbia sempre foram duros e duros” e se referiu ao assassinato do candidato liberal Eliécer Gaitán, cuja morte provocou uma explosão de violência que durou décadas no país.
López Obrador disse que a vitória de Petro “pode ser o fim desta maldição e a aurora para este povo irmão”.
Por sua vez, Boric, que só assumiu a presidência de seu país em março, disse em um tweet que teve uma conversa com Petro para parabenizá-lo.
“Alegria para a América Latina! Trabalharemos juntos pela unidade do nosso continente nos desafios de um mundo em rápida mudança. Vamos continuar!”.
Da mesma forma, Xiomara Castro expressou suas felicitações
“ao bravo povo da Colômbia por ter escolhido a histórica mudança social que o presidente eleito representa hoje”.
Díaz-Canel definiu a ascensão de Petro à presidência como uma “vitória popular histórica” e expressou sua “vontade de avançar no desenvolvimento das relações bilaterais para o bem-estar de nossos povos”.
O presidente argentino disse: “A vitória alcançada por Petro e Márquez me enche de alegria” e relatou ter conversado por telefone com o líder do Pacto Histórico.
As lideranças de esquerda da região também enviaram suas felicitações. No Twitter, os ex-presidentes do Equador, Rafael Correa, da Bolívia, Evo Morales e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, atual pré-candidato presidencial, manifestaram seu apoio à vitória do ex-prefeito de Bogotá.
“América Latina em festa: Gustavo Petro é o novo presidente da Colômbia. Viva a Colômbia! Viva a Pátria Grande! Até a vitória sempre!”, declarou o ex-presidente.
O boliviano Evo Morales parabenizou o “povo da Colômbia” e a companheira presidencial de Petro, Francia Márquez, que será “a primeira vice-presidente afrodescendente da história do país”. “É a vitória da paz, da verdade e da dignidade”.
Da Venezuela, o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, Diosdado Cabello, tuitou:
“Falou a Colômbia, a Colômbia profunda, aquela que dói no sentimento bolivariano, buscando sua paz e com ela a paz de toda uma região. Abraçamos a grande vitória de um povo que resistiu a mil ataques dos narcotraficantes, parabéns.”
Depois acrescentou: “Gostaria de ser breve, mas as Vitórias Populares me dão grande e imensa alegria, a Colômbia votou por uma mudança, desejamos o maior sucesso ao presidente Petro e ao vice-presidente Márquez, ao povo colombiano: um abraço bolivariano. Unidos venceremos!”.
Mas, afinal, quais são as perspectivas?
Após sua terceira candidatura à presidência, Petro está prestes a inaugurar uma nova era política na Colômbia. Por muito tempo, o país sul-americano foi governado por conservadores ou moderados, enquanto a esquerda política foi evitada por causa de sua percepção de proximidade com o conflito armado das FARC.
Petro, ex-prefeito da capital Bogotá e agora ex-senador, prometeu combater a desigualdade no ensino superior gratuito, reformas previdenciárias e pesados impostos sobre terras improdutivas. Petro também quer pacificar o país, desacelerar a exploração de matérias-primas, promover o turismo e tributar mais fortemente as empresas.
Nesse sentido, pouco se sabia sobre os planos de Hernández. Ele queria agir contra a corrupção, embora ele próprio esteja sendo investigado por corrupção. O ex-prefeito de 77 anos da cidade de Bucaramanga recentemente se destacou com vídeos no Tiktok e seus ataques a estrangeiros, mulheres e oponentes políticos.
Foto: Mario Caicedo /EFE
Diante disso, para começo de conversa, com a vitória de Gustavo Petro, a Colômbia terá pela primeira vez um governo progressista em sua história, quebrando a hegemonia dos setores conservadores.
Nessa perspectiva, o jornalista e analista político Romain Migus disse que Petro tem um plano ambicioso do governo para implementar uma mudança sistemática nas causas que tornaram a Colômbia “um país altamente desigual com pouco acesso a serviços públicos”. Ele lembrou também que o Pacto Histórico não tem maioria no Legislativo, então será difícil para ele lançar seu projeto de “mudança radical” no país.
Outros analistas políticos explicam que o mandato Petro terá dificuldades de governar. Apesar de ter conquistado força no Congresso, a centro-esquerda possui apenas 35% das cadeiras do congresso. Mais da metade está nas mãos da centro-direita tradicional do país.
Petro se define como um “rebelde moderado” e atrai desconfiança entre os conservadores, os pecuaristas e uma ala do empresariado e do militarismo. Além de descartar a estatização da propriedade privada, ele propõe interromper a exploração de petróleo, transitar a economia para uma energia mais limpa, ampliar a produção de alimentos e reformar as regras de promoção dentro das forças militares.
Finalmente, deve-se destacar que com a vitória de Petro, os Estados Unidos perdem seu principal aliado em um país bastante complicado que nestes anos de desestabilização e interferência constituiu o epicentro das manobras imperialistas contra a Revolução Bolivariana na Venezuela.
Balanço da eleição:
Pouco menos de 40 milhões de cidadãos colombianos foram chamados às urnas no domingo, 13 de março, para as eleições gerais. 2.432 candidatos estavam concorrendo ao Senado e à Câmara Baixa. Dos 296 assentos alocados, 16 assentos foram reservados para as Circunscripciones Transitorias Especiales de Paz, abrangendo 167 municípios dos 16 departamentos afetados pelo conflito armado, conforme estabelecido pelos Acordos de Paz de 2016.
Quem é Petro?
Petro nasceu em 19 de abril de 1960 em Ciénega de Oro, no Caribe da Colômbia. A cidade é dedicada à pecuária e ao cultivo de algodão, mas foi criada em Ziquipará, cidade a cerca de 50 quilômetros de Bogotá. Estudou Economia na Universidade Externado e foi jornalista do jornal local Carta al Pueblo, que denunciava os problemas de sua comunidade.
O novo presidente da Colômbia juntou-se aos guerrilheiros do M-19 na serra do Zicapará aos 17 anos. Intitulou-se “Aureliano”, uma homenagem a Gabriel García Márquez, autor que admira e lê desde a adolescência.
Ele é um político “progressista” de esquerda de 62 anos que lutou contra o estado ao lado do M-19, um guerrilheiro nacionalista de origem urbana. Ele foi preso por um ano e meio antes de assinar a paz em 1990.
O ex-guerrilheiro foi senador, prefeito de Bogotá e estava em sua terceira tentativa de chegar à presidência, mas desta vez venceu graças à sua capacidade de reunir forças que sempre estiveram à beira dos prédios do poder, como movimentos sociais, ambientalistas, reivindicações, antimilitarismo e minorias.
Gustavo Petro com a vice-presidente Francia Marquez (Foto: Raul Arboleda/ AFP)
Uma coalizão que ele queria chamar de “Pacto Histórico”. Sua parceira de ingresso, a próxima vice-presidente France Marquez, é uma afro-colombiana que representa outra novidade absoluta. Nunca uma mulher negra ocupou um cargo tão alto. Os dois representam a Colômbia híbrida das duas costas, pacífica e caribenha, enquanto o poder político é prerrogativa da elite branca das terras altas, entre Bogotá e Medellín há décadas.
* Em correspondência para o jornal português Diário do Distrito (parceiro do CNN Portugal)
Com um roteiro rejeitado apenas algumas semanas antes do início das filmagens, seria de esperar que a produção de “Jurassic Park III” fosse pausada para que um roteiro adequado pudesse ser escrito.
No entanto, os blockbusters raramente seguem regras sensatas. “Jurassic Park III” começou a fotografia principal mesmo sem um roteiro finalizado para basear tudo ao redor. Toda a produção seguiu em frente, inventando coisas à medida que avançava, com o diretor Joe Johnston revelando ao About.com que nunca houve um roteiro completo enquanto as câmeras estavam rodando.
Johnston elaborou sobre esse assunto explicando que o elenco e a equipe teriam páginas de roteiro para o dia em que estivessem filmando e ocasionalmente para o dia seguinte, mas era isso.
Nunca houve um roteiro completo maior para todos trabalharem. Isso resultou no final do filme sendo criado durante as refilmagens, pois ninguém conseguia descobrir qual deveria ser a conclusão enquanto estavam filmando originalmente.
Enquanto eles foram capazes de torcer um filme completo e até mesmo lucrativo de uma produção cinematográfica tão aleatória, ainda é estranho considerar um grande sucesso de bilheteria sendo feito de uma maneira quase improvisada.
Quer relembrar os detalhes aqui citados? Se sim, você pode assistir aos filmes da franquia no Paramount+, Globoplay/Telecine, Now e Oi Play. Se preferir, pode comprar ou alugar na Amazon, Google Play e iTunes.
Jurassic World: Domínio último filme da franquia Jurassic Park está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil.