E, finalmente, chegamos à última área do Cenarte, a área de Artes Plásticas.
Assim como as demais áreas, a área de artes plásticas também foi muito procurada. Começamos aos poucos. Além de desenho e pintura para adolescente, jovens e adultos, tínhamos a escolinha de arte para crianças com professoras especializadas e dedicadas, professora Maria de Fátima e Maria do Carmo Pontes. Já a parte adulta ficou por conta do professor e pintor Luiz Silva, alagoano, que retornava à Maceió depois de muitos anos vivendo no Rio de Janeiro, a professora Liana, gaúcha que morava na época em Maceió, bem como a professora Maria Aparecia Lemos. Depois vieram o professor e artista plástico Fernando Bismarck, conhecido já na comunidade artística por suas obras tão coloridas e cheia de vida, trazendo consigo o também pintor José Tenório para apoiar e acrescentar mais arte.
E outros vieram já quando estávamos na Rua Pedro Monteiro, a professora Moacyra Beltrão com seus lindos trabalhos, de mãos criativas e valiosas, o professor Salles Tenório, outro tão bem conhecido pela comunidade com sua forma popular de conduzir suas aulas e incentivar seus alunos. E para complementar a área veio à professora e arquiteta Socorro Lamenha abrilhantando com sua História da Arte, transmitindo seus conhecimentos através de suas aulas em áudio visual, palestras e ilustrações, dedicando com maestria e profissionalismo sua arte, usando seu slogan “Por que quando a gente sabe, é mais gostoso…”
E, por fim, veio a mestre Vânia Oliveira e seu artesanato criativo, onde proporcionou tardes de encontro a alunos que puderam ter sua própria renda e abrir seu próprio negócio, ajudando assim cada uma delas em suas casas.
Outros cursos aconteceram em tempo menores, de férias, como de biscuit, origami, crochê, entre outros tantos. A área realmente era muito movimentada e cheia de surpresas.
O nosso capítulo hoje esta bem diferente. Não temos mais a área de Artes Plásticas por conta da falta de espaço. No prédio onde funciona o Misa – Museu da Imagem e do Som de Alagoas não tem espaço e nem salas disponíveis, assim não houve como trazer e manter o curso de desenho e pintura, porque sabemos que precisamos de sala ampla, arejada, livre, com água e boa iluminação.
A professora Socorro Lamenha continua conosco e sua história da Arte Ocidental, História da Arte no Brasil e História da Arte Pré Colombiana. Uma verdadeira viagem à beleza e aos sonhos, mantendo o “por que quando a gente sabe, é mais gostoso…” e isso é bem verdade.
É por tudo isso que o Cenarte vive. É por isso que queremos que ele continue a viver. Pela importância, pelo crescimento, pela cultura, pela educação, pelo desenvolvimento da comunidade, bem como porque somos viáveis e temos um potencial imenso ao melhoramento do nosso Estado.
O Cenarte Vive.
*É servidora pública