Certa vez, ao ver o saxofonista Everaldo Borges atuando, o maestro Eduardo Morelembaum fez o seguinte comentário: “Se ele tivesse nascido em Nova York, o mundo saberia da sua existência.”
Ele se referia, claro, à musicalidade e talento de um músico local que, por circunstâncias naturais, havia nascido e permanecido em nosso aquário.
A primeira vez que vi Pedro Salvador atuando, foi em um desses festivais de música locais.
Lembro-me que, na ocasião, eu também tive a mesma impressão que o Edu, em relação ao Everaldo.
Como multi-instrumentista que é, Pedro Salvador tocou e gravou todos os instrumentos, nas quinze faixas que dão forma e conteúdo ao seu álbum homônimo de estreia solo, lançado pelo selo Crooked Tree Records, também de DNA caeté.
Essas informações não estão no envelope do disco (foto) que, embora careça de subsídios técnicos, tem uma arte muitíssimo interessante, assinada pela artista Julia Danese.
Pedro Salvador, apesar de jovem, é um músico veterano e atuante em vários projetos da cena aquariana. Cena esta, que já demonstrou ser um grande celeiro do rock nacional.
Este é um álbum que exerce o hibridismo como conceito proposital ou pelo simples experimentalismo de um artista irrequieto e criativo, totalmente pertinente ao perfil de um trabalho literalmente solo.
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA ????????????