sábado 23 de novembro de 2024

O Cenarte vive!

Hoje, o Cenarte enfrenta problemas como a reforma que não acaba
Foto: Cortesia

No dia 16 de agosto de 1991, nasceu um espaço destinado à comunidade alagoana. Maceió precisava, urgentemente, de um local para seus artistas por hora desconhecidos, pois, era a única cidade que não tinha um espaço destinado ao aprendizado das belas artes. E essa área seria o Cenarte.

Localizado, à época, no antigo Seminário de Maceió,  na avenida Antônio  Brandão,  com paisagem  bucólica,  aprazível, bela mesma, onde se poderia aprender  teatro   música,  dança e artes plásticas,  longe da correria do dia a dia e do cotidiano sem muitas delícias.

Instalado. Mas, antes disso, houve a preocupação de contratar professores das áreas, pois, Maceió ainda era pobre em faculdades das graduações,  porém, existiam artistas nas áreas, músicos de bandas e orquestras, atores de palco com experiência, alunas adiantadas de outras escolas de dança existentes e pintores que tinham seus quadros expostos e reconhecidos.

A priori,  conseguimos  com o Ministério da Cultura, através de conhecimento e apreço, um acerto de que fossem mandados professores das áreas e cada um ficasse um tempo de três, quatro meses conosco, até que conseguíssemos montar o nosso próprio quadro, nossa equipe e o governo do  Estado estudasse a contratação dos mesmos. E assim foi.

O Cenarte, Centro de Belas Artes de Alagoas, foi criado, idealizado e fundado pelo dr. Braulio Leite Júnior, que à época era presidente da Fundação Teatro Deodoro (Funted), que era o órgão mantenedor do Centro. Funted hoje extinta, infelizmente.

O Cenarte se tornou referência para crianças, jovens e adultos de todas as idades, com seus cursos para todos os gostos e aptidões. Foi um despertar,  um “ abrir caminhos” para talentos e desenvolvimento artístico-cultural  para o nosso estado.

Tivemos dificuldades,  enfrentamos tempestades,  trovões e relâmpagos,  mas, o que nos confortou foi saber que éramos produtivos. Éramos produto indispensável ao poder público e  à comunidade alagoana que reconheceu a necessidade e a importância de existirmos e transformarmos tantas vidas e muito mais.

Hoje, o Cenarte, com seus quase 43 anos, enfrenta outros problemas, como a reforma que não acaba, mas, resistimos graças ao nosso nome. Estamos de pés e mãos atadas,  não  temos a caneta  e nem o poder máximo para mudar essa história,  de colocar  as coisas para a frente, mas, temos ainda a esperança, e essa é que nós sustenta e nos faz ainda seguir em frente na nossa luta.

Cenarte vive!!!!

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1 Comentário

  • O poder público tem a obrigação de manter um local como este em pleno funcionamento e em evidência a sociedade alagoana, pelo fato de ser ele (O Estado) responsável em manter viva a CULTURA do seu povo. Solicitamos que nosso governador reveja as prioridades e em especial os investimentos ligado à cultura do povo de Alagoas. Se ficarmos carentes de ideias, podemos tomar como exemplo o Estado de Pernambuco e copiar o que dá certo.

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