12 de março de 2025 11:07 por Da Redação

Em assembleia do Sinteal realizada na tarde dessa terça, 11, trabalhadoras e trabalhadores da educação da rede municipal de Maceió decidiram rejeitar, por unanimidade, a proposta de reajuste apresentada pela prefeitura. O percentual, que seria de 4% parcelado em duas vezes (2% em abril + 2% em outubro), causou revolta na categoria que defende 13,6%. A proposta da prefeitura veio ainda com um percentual para ser implantado em 2026, de apenas 5%.
Izael Ribeiro, presidente do Sinteal, reforça que trata-se não apenas da pauta salarial, mas também toda uma estrutura. “Está mantida a nossa proposta de 13,6%. A Prefeitura precisa valorizar a os profissionais da educação em Maceió com salários justos e melhores condições de trabalho. E não é apenas sobre ganho financeiro, mas uma luta por uma educação de qualidade na capital alagoana”.
A categoria aprovou ainda, uma agenda de lutas para pressionar a gestão municipal, que iniciou logo após a assembleia com uma manifestação no Centro de Convenções, onde estava acontecendo a jornada pedagógica da rede.

Os manifestantes levantaram bandeiras, faixas e cartazes com dizeres como “Receber abaixo do piso não é massa”, “JHC, queremos mais creches e mais escolas” e “Educação básica é responsabilidade do município”. O protesto recebeu adesão de diversos profissionais presentes, que cantaram junto e colocaram adesivos demonstrando sua indignação com a prefeitura e sua política na educação. Ao final, o grupo ainda entrou no Teatro Gustavo Leite, onde fez um protesto silencioso, contornando o espaço levantando cartazes. O ato gerou adesão total do teatro, que bateu palmas e entoou cantos e gritos de mobilização, demonstrando como a classe se encontra insatisfeita com a gestão da educação em Maceió.
“Nós não podíamos ficar silenciados diante de uma proposta injusta do prefeito JHC. Então é de indignar cada vez mais os profissionais da educação. Maceió é massa pra quem? Não é para os trabalhadores”, disse a vice-presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, durante o protesto.

A campanha, que começou em dezembro com as primeiras tratativas entre Sinteal e prefeitura sem avanços, já contou com protesto na prefeitura amplamente divulgado pela mídia local, e denúncias permanentes do Sinteal sobre as condições das escolas, tanto nas páginas informativas do sindicato quanto no Ministério Público Estadual.
Para os próximos dias, a agenda da campanha “JHC, a educação exige respeito” conta com ampla mobilização integrada entre comunicação do sindicato e ação da categoria. “Vamos fazer ações nas mídias sociais, publicar story e status e marcar o prefeito cobrando. Também vamos comentar nas publicações dele. Nossas matérias da TV Sinteal devem ser compartilhadas amplamente pela categoria, para aumentar o alcance. E teremos reuniões nas escolas, para dialogar com a comunidade e fortalecer a luta”, detalhou Izael.

O plano de lutas terá também presença de carros e motos de som nos bairros e a agenda de protestos, que começou com a ida ao Centro de Convenções e terá protesto na Orla de Maceió dia 22 de março, culminando com uma paralisação de toda a rede no dia 1º de abril, com ato público no Benedito Bentes, seguida de nova assembleia no mesmo dia para avaliação das ações e definição de rumos.
Em alusão ao dia internacional da mulher, Consuelo Correia leu um poema reforçando a importância de que o dia da mulher é todo dia, e que a luta por igualdade precisa ser feita sempre.
Por Assessoria