19 de agosto de 2021 2:46 por Eleonora Duse Leite
É verdade, às vezes é tão confuso. A gente vai andando, procurando sentido, arrumando soluções e de repente nos vemos num emaranhado de nós que mal podemos nos mexer. O tempo vai passando e vamos nos acostumando com decisões tomadas por nós mesmas porque muitas vezes olhamos para o lado e estamos sozinhas. Sem laços profundos, sem amigos do peito, sem anjos da guarda, mas o momento da decisão está ali e tem que ser agora.
É, muitas vezes nos acostumamos com o outro, nos habituamos com o outro, com situações que pensávamos que nem ia chegar, mas chegou … E agora, o que fazer? Olho para frente, arregaço as mangas e vejo que nunca estarei só. Consigo ver meus amigos do peito, meu anjo da guarda, laços profundos comigo mesma. Porque? Estou em paz com meu coração, com a vida , com a minha vida. Dentre tudo isso, resgato minha autoestima. Digo não sou perfeita. Meto os pés pelas mãos, grito, berro, bato a cabeça, sofro, choro e logo depois na calmaria do encontro, procuro dentro dos meus limites, às vezes esquecidos ou deixados para trás, o equilíbrio e o agir de acordo com o que acredito, sinto e sei. O outro sempre fará parte de minha vida mas nunca será eu.
Hoje ando tentando encontrar a outra parte, não perdida nem esquecida, mas deixada em algum lugar, propositadamente, para no momento certo ser recuperada e completada a mim de uma forma ou de outra. Essa sou eu, com defeitos, virtudes, erros, acertos e enganos, mas que em nenhum momento será o ontem, mas sim, o presente