sexta-feira 18 de outubro de 2024

‘Abin Paralela’: Renan repudia crimes, enquanto Lira, bolsonarista, segue em silêncio

Parlamentares alagoanos foram investigados ilegalmente sob governo Bolsonaro

12 de julho de 2024 12:25 por Da Redação

Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou ontem (11) o sigilo da mais recente fase da Operação Última Milha – que, desde 2023, investiga o uso ilegal de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar autoridades e desafetos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua família.

A conclusão da Polícia Federal (PF) é que “a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos”. Durante as investigações, a PF descobriu que autoridades dos três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas.

A “Abin Paralela” veio a público quando o ex-coordenador de campanha e ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, rompeu com Bolsonaro por discordar da montagem do sistema de espionagem e denunciou o esquema à imprensa. Bebianno morreu em 2020, na madrugada de um sábado (14), em Teresópolis (RJ).

A relação de autoridades espionadas pela Abin Paralela inclui dois políticos alagoanos: o deputado Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, e Renan Calheiros (MDB-AL), opositor ao governo Bolsonaro e adversário de Arthur Lira.

Em suas redes sociais, o senador Renan Calheiros declarou: “Como democrata, lamento e repudio que estruturas do Estado tenham sido criminosamente capturadas para atuar como polícias políticas, com métodos da Gestapo, um pântano repugnante e sem fim. Sigo confiante nas instituições, na apuração, denúncia e julgamento dos culpados”.

O deputado Arthur Lira ainda não se pronunciou sobre ter sido espionado pelo sistema montado no Palácio do Planalto, conduzido pela Abin Paralela. Segundo aliados do deputado, o cálculo político do alagoano, que está em campanha para a sucessão na Presidência da Câmara Federal, é não criar arestas com a base parlamentar bolsonarista na Câmara.

O senador Renan Calheiros denunciou a espionagem, enquanto o deputado Arthur Lira mantém o silêncio diante do crime.

Quem foi espionado

Poder Judiciário: ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

Poder Legislativo: o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia, que foi presidente da Câmara, Joice Hasselmann e Jean Wyllys (PSOL). E os senadores: Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que integravam a CPI da Covid no Senado.

Poder Executivo: João Doria, ex-governador de São Paulo; os servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; os auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.

Jornalistas: Monica Bérgamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.

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