1 de setembro de 2023 8:36 por Geraldo de Majella
O governador Paulo Dantas (MDB) ainda não conseguiu estabelecer um canal de negociação com o movimento sindical que representa as categorias profissionais dos servidores públicos. A pauta econômica é a mais urgente e que produz maior atrito entre governo e funcionários.
Por exemplo, os trabalhadores da Educação optaram pela paralização como forma de pressão. A reivindicação é que sejam aplicados os 14,95% do Piso Nacional da Educação, a título de reajuste salarial para todos os trabalhadores da área, em todos os cargos e níveis da rede estadual.
Onze reivindicações, se pactuadas, são essenciais para solucionar os problemas que se acumulam há muito tempo na Educação. Vejamos:
1) Complementação de carga horária para professores(as) e funcionários(as);
2) Concurso Público para o quadro funcional efetivo da SEDUC/AL;
3) Mudança de letras dos(as) funcionários(as) da Educação;
4) Mudança de letras dos(as) profissionais do Magistério;
5) Revisão do valor do Difícil Acesso;
6) Gratificação para todos(as) os(as) Coordenadores(as) Pedagógicos(as);
7) Implantação do piso salarial na carreira do magistério;
8) Organização do Calendário de Férias;
9) Condições de trabalho;
10)Vale-transporte;
11) Vale-refeição.
A pauta apresentada pelo Sinteal tem impacto na folha salarial, mas, contém itens administrativos cuja burocracia interna da Secretaria da Educação e da Gestão Pública não resolvem há anos. A falta de profissionais qualificados e gestores que resolvam os problemas que incidem diretamente na vida funcional dos funcionários públicos é uma reclamação cotidiana feita pelo Sinteal.
Comissão Permanente
A criação de uma comissão permanente para tratar das demandas e planejar as ações acordadas entre o governo e os sindicatos, coordenada pelo governador Paulo Dantas, seria um passo em direção aos encaminhamentos de soluções, muitas delas de caráter burocrático e da rotina das secretarias. Mas, por não serem resolvidas, se tornam em motivos justos que impactam nas decisões das categorias e como itens da pauta de reivindicações.
Se o governador Paulo Dantas deseja, como disse na campanha eleitoral, transformar a Educação, deve adotar um caminho simples de dominar todas as questões que são do interesse e direitos dos trabalhadores. É mais fácil, é mais rápido e politicamente é ganho sem desgastes na imagem pública. É o meio mais eficiente de se fazer justiça a quem trabalha.
A negociação com os trabalhadores, em geral, é mais demorada do que com outros setores da sociedade. A diferença é que os funcionários públicos prestam serviços à sociedade e, quando não há essa compreensão, os prejuízos políticos são enormes.
O discurso do deputado Paulão (PT) na tribuna da Câmara Federal é uma sinalização que deve ser considerada: “Nós esperamos que o Governador [Paulo Dantas] consiga sentar em torno de uma mesa para atender o pleito da categoria, para fortalecer a classe trabalhadora e principalmente a educação, que tem uma capilaridade enorme e que tem um papel importante e fundamental do ponto de vista social e também econômico”.