1 de fevereiro de 2024 1:18 por Da Redação
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL) teve o apoio do Ministério da Justiça para coordenar a megaoperação de combate a duas organizações criminosas que atuavam no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes, em Alagoas e em outros 16 estados. O bando, que agia de forma simultânea, vinha sendo investigado desde 2021, pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil alagoana.
Até agora, em Alagoas, foram cumpridos 27 mandados, sendo 7 de prisão e 20 de busca e apreensão. Ao todo, informa a SSP/AL, serão cumpridos 79 mandados de prisão e 228 de busca e apreensão nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
A investigação teve como base a movimentação criminosa de quatro pessoas – dois casais, um deles alagoano e outro paraense, que eram responsáveis pelo tráfico de drogas em larga escala aqui no estado , com ramificações nos 17 estados alvos da operação. Os dois casais fazem parte da cúpula de duas grandes organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro e no estado do Pará.
Ao longo das investigações a PC identificou também os criminosos que atuavam na origem do tráfico como fornecedores de drogas para os líderes das duas organizações criminosas investigadas.
O casal de alagoano atuava principalmente em Maceió, no bairro da Levada e adjacências. Mas também distribuía para outros municípios de Alagoas. Os criminosos recebiam as drogas do Mato Grosso do Sul, estado que faz fronteira com Paraguai e Bolívia, países que são grandes produtores de drogas.
O outro casal alvo da Operação Hades, referência a um deus grego cujo objetivo era punir as almas pelo que as pessoas fizeram em vida, tinha como chefe um homem natural do Pará, que morou muito tempo em Alagoas. Aqui ele estabeleceu o comando do tráfico de drogas nos bairros da Ponta Verde, Jatiúca, Pajuçara, Mangabeiras e Jacarecica. A droga que era vendida por este grupo criminoso tinha como origem fornecedores do Amazonas, que faz fronteira com a Colômbia e o Peru, primeiro e segundo maiores produtores de cocaína do mundo, respectivamente.
“Hoje o objetivo da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas é descapitalizar as organizações criminosas e esse é o foco desta nossa operação histórica. Aproveito para parabenizar a todas as forças policiais alagoanas e todas as unidades policiais dos estados envolvidos pela capacidade técnica empregada nesta grande ação”, afirmou o secretário de Segurança Pública, delegado Flávio Saraiva, que coordena a operação Hedes, destacando a grandiosidade e importância da operação em um contexto nacional.
1 Comentário
Os gestores devem focar com mais poder de força nesse grupo de criminosos e acabar de vez com o crime organizado, ou vai passar para população como incompetentes e comoventes.