sexta-feira 25 de outubro de 2024

Crime da Braskem: direção do Hospital Sanatório cobra ressarcimento de despesas

Por conta do afundamento da mina 18, entrou em área de criticidade 00, o Sanatório foi obrigado a evacuar todos os seus 160 leitos, transferindo pacientes para unidades improvisadas, e outras da rede estadual
Foto: Divulgação

Um dos equipamentos de saúde pública destruídos pela Braskem, em Maceió, o Hospital do Sanatório luta para se reerguer. Fechado no final de novembro do ano passado, quando, por conta do afundamento da mina 18, entrou em área de criticidade 00, o Sanatório foi obrigado a evacuar todos os seus 160 leitos, transferindo pacientes para unidades improvisadas, e outras da rede estadual.

Na quinta-feira, 14, representantes do hospital e da Braskem se reuniram sob a intermediação do Ministério Público Federal (MPF/AL) dando seguimento às tratativas para ressarcimento dos custos que o Sanatório vem tendo, e ainda terá, para manter as instalações temporárias e outros custos fixos, desde a evacuação de emergência.

O projeto para construção do novo prédio do Sanatório está pronto, e deve estar concluído em dois anos. Com 200 leitos, o novo prédio será na Avenida Josefa de Melo, dependendo somente da liberação dos recursos pela mineradora.

Na reunião, mediada pelas procuradoras da República Niedja Kaspary e Juliana Câmara, a diretoria do hospital alegou que estava sem informações sobre o ressarcimento e, por isso, recorreu ao MPF. Os representantes da unidade de saúde querem apoio para cobrar celeridade da Braskem no atendimento às necessidades do hospital, uma vez que desde sua evacuação está impossibilitado de realizar a prestação do serviço.

Os representantes da petroquímica informaram que houve avanços significativos para a solução da questão relacionada ao funcionamento temporário do Hospital do Sanatório, enquanto as novas instalações estão sendo construídas. Eles explicaram que uma das unidades já foi alugada e, em breve, serão iniciadas as obras de reforma; que o segundo prédio está em vias de ter o contrato de locação assinado e, por fim, que o terreno onde serão construídas as instalações temporárias para a Clínica de Doenças Renais (CDR) já foi identificado e também será alugado, tudo custeado pela Braskem.

As procuradoras do MPF cobraram a máxima celeridade e empenho por parte dos envolvidos. Para elas, as negociações devem continuar sendo tratadas com prioridade pela Braskem, considerando que o serviço prestado pelo Hospital do Sanatório é relevante para a rede de saúde pública de Alagoas e para os usuários do SUS.

Representantes do hospital esclareceram que a Braskem concordou com uma nova logística na indenização das despesas fixas e custos, que passará a ser antecipado pela empresa, enquanto a unidade hospitalar prestará comprovação dos valores despendidos. E, aproveitou o encontro para esclarecer que o início das obras para as instalações temporárias dependem também dos alvarás que devem ser emitidos pelo Município de Maceió/AL.

O Procedimento Administrativo tem o número 1.11.000.000227/2020-78

*Com Assessoria MPF/AL

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1 Comentário

  • Um crime ocorreu contra a natureza que culminou toda sociedade sendo prejudicada. O H. Sanatório é uma referência no tratamento de saúde em Maceió, a prestação de serviço deve ser assegurarada e sua história preservada. Os criminosos devem ser punidos com o máximo rigor da Lei.

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