sexta-feira 25 de outubro de 2024

Empresários e moradores da Rota dos Milagres temem expansão do turismo de massa

Eles vão encaminhar documento ao governador Paulo Dantas para solicitar uso racional dos recursos
Reprodução/Internet

Empresários e cidadãos dos municípios de Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres e Passo de Camaragibe, que integram a Rota Ecológica dos Milagres, estão receosos com o cenário de destruição das riquezas naturais, que já está em marcha acelerada, como consequência da expansão desordenada do turismo de massa e da voracidade da especulação imobiliária no Litoral Norte de Alagoas.

Por isso, lançaram um documento a ser entregue ao governador Paulo Dantas para tentar impedir a construção de pontes nos rios Camaragibe e Manguaba. “Concordamos que a região precisa de infraestruturas que facilitem o acesso, mas acreditamos que a implantação de balsas é uma alternativa que oferece uma experiência única aos turistas, que já podem desfrutar das belezas naturais dos nossos mangues durante o percurso, impactando-os positivamente logo no primeiro contato”, diz o texto.

“Num mundo onde a autenticidade se esvai ao ritmo do turismo de massa, nós, da Rota Ecológica de Milagres, oferecemos uma alternativa. As nossas paisagens pristinas, os nossos recifes de corais intocados e os nossos coqueirais verdejantes não são apenas cenários – são a nossa essência. Somos um tesouro escondido que se recusa a ser diluído. O que defendemos é mais do que um simples destino turístico – é um compromisso com a natureza, com a cultura local e com a singularidade”, destaca o abaixo-assinado.

O temor é que o turismo de massa impacte negativamente no equilíbrio ecológico local. “O aumento da poluição e do lixo poderia afetar adversamente nossa vida marinha, incluindo gaiamuns, caranguejos do mangue, e a população de peixe-boi. A preservação dos arrecifes e a qualidade da água, critérios fundamentais para a certificação Bandeira Azul, também poderiam ser comprometidas”.

“Destacamos que a região já sofre com a falta de mão de obra qualificada. A chegada do turismo de massa, com certeza, prejudicará as pousadas já estabelecidas e os empregos gerados por estas, assim como os demais setores da economia local, como restaurantes, passeios, etc, que dependem da preservação da região para manterem o propósito de seus negócios. As nossas pousadas empregam numa relação de 3 funcionários por unidade habitacional (UH), enquanto o turismo de massa emprega 1 por UH”.

A petição pode ser assinada clicando aqui.

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