quinta-feira 24 de outubro de 2024

Pacientes de glaucoma vão ao Legislativo cobrar continuidade do tratamento

14 de agosto de 2023 5:04 por Da Redação

Dificuldades na assistência aos portadores de glaucoma foram debatidas no Legislativo |  ALE/AL

O Ministério da Saúde estima que mais de 35 milhões de brasileiros tenham algum problema que causa dificuldade para enxergar. Destes casos, pelo menos 900 mil têm o diagnóstico de glaucoma. Conforme projeção do MS, é possível que, até 2040, esse número aumente para 111,8 milhões de brasileiros com problemas na visão.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que em torno de 2% da população acima de 40 anos é portadora de algum tipo de glaucoma, que poderá causar cegueira irreversível. A mesma OMS afirma, no documento “As Condições da Saúde Ocular no Brasil 2019”, elaborado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que cerca de 80% das doenças oculares que causam cegueiras são tratáveis e evitáveis.

As pessoas que já estão cegas poderiam estar enxergando se tivessem o diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Números como esse foram apresentados, na manhã desta segunda-feira, 14, na Assembleia Legislativa de Alagoas, durante sessão especial proposta pela deputada Rose Davino (PP) para debater o tratamento do glaucoma na rede pública no Estado.

Durante a sessão foi revelado que os pacientes de Alagoas estão com problemas para receber os medicamentos para tratar alta pressão ocular. Por isso, os presentes fizeram um apelo para que os órgãos públicos encontrem forma de garantir a distribuição eficaz dos colírios pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), a antiga Farmex, em Maceió.

“São vários problemas que o paciente do glaucoma enfrenta, dentre eles, a distribuição dos colírios em casa, já que muitos deles são deficientes e idosos e não possuem condições de locomoção. Esses pacientes dependem de outras pessoas ou de carros das prefeituras para irem às clínicas buscar os colírios. Viemos aqui pedir às autoridades um olhar atento para este problema, já que a doença não tem cura, mas tem tratamento”, disse a presidente da Associação Alagoana dos Portadores do Glaucoma (AAPG), Marisa Sousa, ao se pronunciar no Legislativo estadual, revelando as dificuldades que os pacientes enfrentam para realizar o tratamento do glaucoma de forma correta.

Pacientes reclamam de intervalo longo na entrega dos medicamento | AssessoriaManchete

manxchete

Também na sessão especial, o oftalmologista Leopoldo Barbosa, especialista em catarata e glaucoma, alertou para os riscos decorrentes da falta de tratamento adequado e contínuo.

“O glaucoma é uma doença muito séria. Quando o paciente tem o diagnóstico e inicia o tratamento de forma eficaz e sem interrupção, passa a ser fundamental para o sucesso a disponibilidade dos colírios pelo serviço público. A junção disso tudo é crucial para manter a doença controlada e estável e evitar que evolua para a cegueira. Portanto, é preciso trabalhar melhor essa distribuição dos colírios para que tenhamos sucesso no tratamento”, afirmou o médico.

Dado apresentados pela deputada Rose Davino (PP), revelam que só em Maceió existem mais de 20 mil pacientes, e um contingente maior no interior. São milhares de pessoas que podem perder a visão se não receberem o tratamento completo, reclamou a deputada.

Ela também cobrou a implementação correta do que determina a Portaria nº 957, de 15 de maio de 2008, do Ministério da Saúde, que constitui a Política Nacional de Atenção em Oftalmologia.

“Existe um acordo, de 2018, entre o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública e os entes públicos, onde estão definidas algumas medidas a serem cumpridas, dentre elas, o fornecimento do colírio para o tratamento de glaucoma. Porém, é preciso alinhar a forma como estes colírios estão sendo distribuídos e, o mais importante, a linha de cuidado, que não pode ser quebrada. Quando o paciente vai à clínica pelo município e depois vai receber o colírio na Ceaf passa a existir um intervalo no tratamento e isso não pode acontecer. É o que precisamos mudar”, reclamou Rose Davino.

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