quinta-feira 24 de outubro de 2024

Ruínas de antiga fábrica em Ipioca darão lugar a centro de pesquisa da Embrapa

Entre as linhas de pesquisa da nova unidade estão a antropologia e sociologia da alimentação

27 de agosto de 2023 10:15 por Da Redação

Reprodução Youtube

O antigo prédio onde funcionava a Cia. de Fiação e Tecidos Norte Alagoas, no povoado Saúde, distrito maceioense de Ipioca, será totalmente estruturado para receber uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Para materializar o centro de pesquisa, o imóvel foi doado pelo governo do Estado e foram destinados cerca de R$ 23 milhões de verbas oriundas de emendas parlamentares.

As ruínas serão requalificadas para dar lugar a toda a infraestrutura do novo centro de pesquisas, incluindo laboratórios e outros equipamentos de suporte à pesquisa. O projeto prevê ainda acomodação de toda parte administrativa, salas de reunião, auditório e outros espaços de uso coletivo.

De acordo com a assessoria da Embrapa, as linhas de pesquisa da nova unidade serão direcionadas à antropologia e sociologia da alimentação, certificações e selos de qualidade e origem, circuitos de produção e consumo de produtos alimentares, sistemas agroalimentares diferenciados, biodiversidade e patrimônio alimentar, agregação de valor, gastronomia e turismo rural, e nutrição e saúde.

João Flávio Veloso | Olhar Direto

“O tema de trabalho deste centro de pesquisas tem forte ligação com a cultura e a história de construção do Brasil, por isto é fundamental que a sua sede seja localizada em uma construção histórica. Estamos numa região em que a gastronomia e o turismo estão ainda em franca expansão. Assim, o local escolhido para abrigar as instalações foi a comunidade Saúde, nas edificações da histórica fábrica de tecelagem, cujas edificações datam do início dos anos de 1920”, explicou João Flávio Veloso, chefe geral da Embrapa Alimentos e Territórios.

Ricardo Elesbão Alves, chefe adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Embrapa Alimentos e Territórios, disse que boa parte da estrutura do antigo prédio, que ainda está de pé, será reaproveitada no projeto. “Toda a fachada vai ser mantida. Parte da fachada tem uma pequena queda, mas ela vai ser recuperada. E na parte de trás, onde há estruturas com paredes íntegras, vão ser todas usadas. Há uma espécie de vão, que era aquele coração da fábrica, onde lembra, inclusive, uma nave de uma igreja, um espaço bem amplo”, revela.

Reprodução Youtube

A estratégia visa a aproximar o centro de pesquisas da comunidade. “Vai estar associado muito mais à questão da nossa comunicação, da possibilidade de exposições, de interação com o público externo, e também a partir dessa estrutura central dá acesso a outras áreas, tanto que vão ser levantadas quanto que já existem, né? Por exemplo, um galpão, ao final, por trás da nave, que vai ser uma estrutura voltada com complexo laboratorial para etnoconhecimento e conservação dinâmica da sócio e biodiversidade”, explica.

Planos

Segundo Elesbão, na lateral à direita, onde já não existe o galpão original e onde vai ser recuperada a parte da frente, vai ser construído outro galpão, à semelhança dos que já existiam antigamente na fábrica que vai abrigar outro complexo laboratorial chamado de inovação alimentar para gastronomia. Serão as duas estruturas principais.

Ricardo Elesbão | Eduardo Mendonça

“Além disso, há estruturas importantes dentro da área arquitetônica da Saúde, que é uma escola, que funcionava realmente como uma escola. Ela vai continuar sendo para nós uma escola, porque nós vamos transformar essa estrutura em uma estrutura onde parte dela vai funcionar uma cozinha-show, uma área com auditório e com fogão e com sistema de mídia e de vídeo para transmitir ou para apresentar preparações gastronômicas etc., seja para cozinheiros ou para chefs de cozinha, mas, principalmente, para merendeiras, para a gente transferir informações sobre o uso de produtos da biodiversidade”, disse.

Perspectiva das novas instalações | Reprodução Youtube

Na lateral direita da fachada, ficará parte da equipe da Embrapa. “Na fachada, quase toda, vão ficar equipes de colegas que trabalham tanto na administração quanto na transferência de tecnologia, na inovação e na pesquisa e desenvolvimento”, afirma ele.

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