Talvez você não saiba, mas um dos grandes problemas para o desenvolvimento de operações humanas na Lua é a poeira lunar. Sempre que um veículo trafega pelo satélite natural e sempre que um novo módulo realiza um pouso, uma grande quantidade de poeira lunar é suspensa.
Graças a gravidade do astro – que é muito menor que a da Terra – esses fragmentos de poeira ficam suspensos no ar durante muito tempo, causando dano significativo a trens de pouso e a outros equipamentos.
Com isso, cientistas desenvolveram um processo que possibilitaria a construção de estradas e de plataformas de pouso a partir de elementos encontrados na própria Lua; o que poderia ajudar a construir a fundação de bases lunares permanentes usando poucos recursos da Terra.
O método desenvolvido envolve a utilização de espelhos e de dispositivos semelhantes a lentes. Ao concentrar luz solar, o aparelho seria capaz de derreter a poeira lunar transformando-a em algo com estado semelhante ao vidro.
Esse material, então, seria moldado em formas triangulares e organizado em padrões semelhantes a treliças para formar o pavimento.
Confira o vídeo divulgado pelo projeto (em inglês):
Para desenvolver a técnica, pesquisadores testaram o processo aqui na Terra. Durante os testes, eles substituíram o concentrador de luz solar por um laser de dióxido de carbono de 12 quilowatts e usaram um solo lunar simulado.
Com isso, apesar da necessidade de transportar todo o equipamento para o astro, o novo método poderia utilizar os próprios recursos naturais da Lua, aumentando a sustentabilidade e diminuindo custos em um futuro desenvolvimento das operações em solo lunar.
Nos próximos anos, o programa Artemis, da NASA, espera levar seres humanos a Lua pela primeira vez desde as missões Apollo, na década de 70.
Além disso, a agência governamental estadunidense e a China tem planos de ter bases lunares movidas a energia nuclear até o final da década, enquanto casas podem estar sendo impressas por impressoras 3D até 2040.