quarta-feira 23 de outubro de 2024

Super-ricos ficaram 31% mais ricos no governo Bolsonaro, enquanto pobreza aumentou

Diante do aumento da desigualdade e da concentração de riqueza com um pequeno número de super-ricos, entidades cobram reformas tributárias
“A parte 2 da reforma deve deixar a tributação da renda mais justa”, defendem as entidades que compõem a campanha Tributar os Super-Ricos

Por Redação RBA

Mais de 70 entidades que integram a campanha Tributar os Super-Ricos cobram justiça social a partir de reformas no sistema tributário brasileiro. Ou seja, mudanças para reverter a natureza regressiva do sistema brasileiro, onde os pobres pagam mais, em relação à renda, do que os ricos. A campanha chama a atenção para o fato de que estas injustiças vão desde tarifas menores para rendas maiores a até isenções de produtos de luxo. O resultado é a concentração de renda cada vez maior neste que é um dos países mais desiguais do mundo.

A campanha, então, traz dados do Relatório da Distribuição Pessoal da Renda e da Riqueza da População Brasileira, publicado no final de dezembro pelo Ministério da Fazenda. Nos anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os super-ricos aumentaram sua renda em 31%. Em contrapartida, o número de pessoas na parcela mais pobre aumentou 22,7%. “Essa concentração de riqueza ocorreu com economia estagnada e ainda com pandemia”, argumentam as entidades.

Super-ricos ainda mais ricos

Por isso a campanha pede que o governo federal leve adiante uma nova etapa da Reforma Tributária. Para além de simplificar tributos e favorecer o ambiente de negócios, as entidades argumentam que a ordem tributária deve ser revista. Alguns passos importantes já começaram, segundo as entidades. Primeiramente, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comandou, com sucesso, um projeto de lei que tributará fundos de investimento super exclusivos, além de lucros obtidos em off-shores.

Além de cobrar o governo, as entidades, que envolvem organizações de trabalhadores, sindicatos, federações, universidades, cientistas, entre outras, convidam a população para entrar no debate. Isso porque o governo, sozinho, não tem força para lidar com um Congresso dominado pela extrema direita ultraliberal. “A primeira parte da reforma tributária focou no consumo e beneficiou as empresas. A parte 2 da reforma deve deixar a tributação da renda mais justa. Mas só muda se a gente se mexer, minha gente, porque tem que passar pelo Congresso e lá os super-ricos mandam na banca.”

Mais dados

Trata-se de uma luta por justiça social urgente no Brasil. Hoje, apenas 38 milhões de brasileiros ganham mais de R$ 2.379,97 por mês. Vale lembrar que o Brasil tem 107,9 milhões de pessoas aptas ao trabalho. Estes 38 milhões, cerca de 35% da força de trabalho, são os que declararam seus patrimônios para o Imposto de Renda 2023. Ainda dentro deste recorte, 58% deles têm renda baixa, próxima ao valor mínimo para declaração. E eles representam 14% do total de renda do país. Enquanto isso, os 10% mais ricos, concentram 58% da riqueza.

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