sábado 23 de novembro de 2024

MPF: gestor que flexibilizar isolamento social sem oferecer sistema de saúde adequado responderá por improbidade administrativa

12 de abril de 2020 3:21 por Marcos Berillo

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), defende a responsabilização por improbidade administrativa dos gestores de estados e municípios de todo o país que decidirem flexibilizar as medidas de distanciamento social, face a pandemia de Covid-19.

O MPF também alerta que estes gestores terão que assegurar a oferta de um sistema de saúde com disponibilidade suficiente de respiradores, equipamentos de proteção individual, testes laboratoriais, além de leitos de UTI e internação, capazes de absorver o eventual impacto do aumento de número de casos de Covid-19 motivados pela redução dos esforços de supressão de contato social.

“Uma eventual decisão de mitigação da estratégia de distanciamento social deve, ainda, ser pública e estar fundamentada nas orientações explicitadas no Boletim Epidemiológico nº 8, do Ministério da Saúde, com demonstração de superação da fase de aceleração do contágio, de acordo com os dados de contaminação, internação e óbito”, reforçou o órgão, por meio de sua assessoria.

A PFDC reforça o alerta do Ministério da Saúde de que a eventual flexibilização da medida está condicionada à garantia de que o sistema de saúde pública esteja estruturado para atender ao pico da demanda.

Em seu Boletim Epidemiológico nº 8, a pasta destaca a necessidade de respiradores suficientes, EPIs para os trabalhadores da área da saúde (como gorro, óculos, máscara, luvas e álcool gel), recursos humanos para o manejo de cuidados básicos e avançados de pacientes da covid-19, leitos de UTI e de internação, bem como testes laboratoriais para o diagnóstico dos pacientes.

“No Brasil, a decisão de manter, ou não, aberto o comércio e a atividade econômica em geral pode significar uma diferença de mais de um milhão de vidas. A simples mitigação do esforço de quarentena social pode produzir catastróficos impactos em relação à estratégia de supressão do contato social, tal como mais 90 milhões de brasileiros infectados em até 250 dias, 280 mil cidadãos mortos e 2 milhões de internações”, aponta a Procuradoria.

O órgão do Ministério Público Federal chama atenção para o fato de que a aparente inexistência de casos em larga escala em algumas localidades não deve servir de parâmetro isolado para qualquer decisão, “seja em razão de se tratar de contágios que se realizam em escala exponencial (e, portanto, cenário no qual a percepção aritmética certamente induz a erro de avaliação), seja porque, diante da limitada disponibilidade de testes para diagnóstico da enfermidade, é manifesta a subnotificação de casos”.

As recomendações constam de nota pública que você pode baixar clicando AQUI.

Fonte: Assessoria do MPF

Please follow and like us:
Pin Share

Mais lidas

Polícia científica identifica digitais de suspeitos em brigas entre torcedores de CSA e CRB

12 de abril de 2020 3:21 por Marcos Berillo Uma perícia realizada pelo Instituto

Cultura reúne artistas musicais para novo cronograma do 6º Festival Em Cantos de Alagoas

12 de abril de 2020 3:21 por Marcos Berillo A Secretaria de Estado da

TRE proíbe motorista de aplicativo de colar adesivo de candidatos

12 de abril de 2020 3:21 por Marcos Berillo Veículos cadastrados em aplicativos de

Eleições 2024: cresce em 78% o número de eleitores menores de 18 anos

12 de abril de 2020 3:21 por Marcos Berillo Por Iram Alfaia, do portal

Eleitores vítimas da Braskem são orientados a buscar novos locais de votação

12 de abril de 2020 3:21 por Marcos Berillo A mineração predatória que a

12 de abril de 2020 3:21 por Marcos Berillo   Dados de Projetos Esportivos

Senador vê desprendimento na renúncia de Joe Biden

12 de abril de 2020 3:21 por Marcos Berillo O senador alagoano Renan Filho

Técnicos da Ufal avaliam proposta do governo para por fim à greve que pode chegar

12 de abril de 2020 3:21 por Marcos Berillo   O Sindicato dos Servidores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *