1 de junho de 2020 2:52 por Marcos Berillo
De janeiro a maio deste ano, a Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar de Alagoas, registrou aumento de 146% no número de agressores afastados de suas vítimas. No mesmo período, cresceu em 425% o número de prisões por descumprimento da decisão judicial ou por flagrante delito de violência física (lesão corporal dolosa).
A patrulha, que fiscaliza o cumprimento das medidas protetivas em Maceió, recebeu determinação judicial para proteger 148 mulheres. No mesmo período de 2019, foram 60 assistidas. Em relação às prisões, foram 21 registros nos primeiros meses deste ano, ante quatro em 2019.
Comandada pela major Danielli Assunção, que tem o apoio de policiais militares treinados, a guarnição faz ligações diárias para as vítimas, para saber se a medida protetiva está sendo respeitada, além de rondas frequentes na região da residência da assistida.
As ações de proteção às vítimas exigem alguns cuidados durante a pandemia. Apenas a primeira visita está sendo presencial. Mesmo assim, a guarnição procura o local mais arejado possível, como a calçada, obedecendo o espaço de um metro de distância, para conversar com a mulher.
As vítimas de violência doméstica ainda têm o número de telefone exclusivo da guarnição. Quando se sentem ameaçadas, as mulheres ligam diretamente para a guarnição, que está disponível 24 horas por dia.