14 de agosto de 2020 11:18 por Marcos Berillo
Segundo apurou o portal UOL, Cristiano Correia Souza e Silva, que em 2005 vendeu a loja de chocolates ao senador Flávio Bolsonaro, relatou ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP/RJ) que foi ameaçado ao tentar denunciar um esquema de notas frias no estabelecimento.
A reportagem afirma que, em seu depoimento, Silva diz que foi informado por clientes de que a loja estaria vendendo produtos abaixo da tabela e reportou a prática à sede da Kopenhagen. A empresa confirmou ao UOL que a denúncia era verídica e que multou a loja por isso.
“Após a denúncia, Silva relatou que ele e a mulher começaram a sofrer ameaças quando a notícia da denúncia saiu por parte do sócio do senador na loja, Alexandre Ferreira Dias Santini – que o MP (Ministério Público) suspeita que seja um laranja”, diz a matéria do portal.
Silva contou que, no dia 23 de dezembro de 2016, a mulher dele recebeu uma mensagem do sócio do senador na loja, Alexandre Ferreira Dias Santini, com uma imagem de pessoas sendo enforcadas. Eles chegaram a registrar um boletim de ocorrência, mas não levaram a denúncia adiante por medo.
De acordo com o MP, parte dos recursos desviados na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) teriam sido lavados na loja de chocolate, administrada por Flávio e a mulher, Fernanda Bolsonaro. O senador nega quaisquer irregularidades de sua parte.
A defesa de Santini não se manifestou sobre as acusações.