25 de agosto de 2020 9:52 por Thania Valença
Ex-secretário municipal de Assistência Social na gestão do então prefeito Cícero Almeida, o especialista em gestão pública Francisco Araújo Filho foi preso preventivamente durante operação deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), na manhã desta terça-feira, 25. Atual secretário de Saúde do Distrito Federal, nomeado em março deste ano, Francisco Araújo é suspeito de participação em crimes de fraude à licitação, contra a ordem econômica, organização criminosa e corrupção ativa e passiva na compra de testes para a covid-19.
Em Alagoas, ele responde a processo por crime de improbidade numa ação movida pela Prefeitura de Maceió. Em andamento no Tribunal de Justiça de Alagoas, o processo, de 2013, envolve a Tocqueville, organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que prestou serviços ao município, no período em que Araújo esteve à frente da Secretaria de Assistência Social. Ele e mais 14 pessoas são acusadas de enriquecimento ilícito em prejuízo do erário público municipal.
Embora se diga alagoano, tendo inclusive sido vereador no município de Cajueiro, Francisco Araújo Filho é maranhense. Daqui ele se mudou para Brasília.
Depois de ocupar a presidência do Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (Igesp-DF), Francisco Araújo foi nomeado secretário de Saúde do Distrito Federal. Sua prisão, na manhã desta terça-feira, 25, ocorreu numa operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Procuradoria-geral de Justiça do MPDFT. As prisões são um desdobramento da primeira fase da Operação Falso Negativo, que ocorreu em julho no DF e em sete estados: Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Espírito Santo.
Além dele, são alvo de prisão preventiva: Ricardo Tavares Mendes, ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde; Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância à Saúde; Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário adjunto de Gestão em Saúde; Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Laboratório Central (Lacen); Iohan Andrade Struck, subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde do DF; e Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde.
Na ocasião, o MP e a PCDF cumpriram 74 mandados de busca e apreensão. O laboratório e a Farmácia Central da Secretaria de Saúde do DF foram alguns dos alvos dos investigadores, além da sede da pasta, na Asa Norte. Buscas também são feitas nas residências de servidores.
Os mandados foram deferidos pela Justiça Criminal de Brasília e decorrem de uma diligência iniciada no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT.
São apurados os crimes de fraude à licitação, contra a ordem econômica, organização criminosa e corrupção ativa e passiva. Alguns dos alvos na primeira fase da operação foram: Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Lacen; e Iohan Andrade Struck, subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde do DF.
Com Metrópole