18 de setembro de 2020 6:06 por Thania Valença
Até o início da tarde desta sexta-feira, 18, chegou a 7 o número de profissionais de enfermagem que morreram, em Alagoas, vítimas da Covid-19. Já o número de enfermeiros infectados pelo novo coronavírus soma, no mesmo período, 169 casos. Os dados são do Observatório de Enfermagem, órgão criado pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofem), para concentrar os números da pandemia Covid-19 em todo Brasil.No país, já são 425 enfermeiros mortos, e 39.287 infectados. Segundo o Observatório, os números indicam que a letalidade da Covid-19 na categoria chegou a 1.97%.
Entre os médicos, conforme dados do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), 538 profissionais foram infectados e 13 morreram por Covid-19.
Um balanço apresentado pelo Ministério da Saúde mostra que, do início da pandemia até agosto último, 226 profissionais de saúde morreram e outros 257 mil foram infectados pelo novo coronavírus. Entre as mortes em decorrência da covid-19, as categorias mais vitimadas foram técnicos e auxiliares de enfermagem (38,5%), médicos (21,7%) e enfermeiros (15,9%). Já em relação ao número de casos, os mais atingidos foram técnicos e auxiliares de enfermagem (34,4%), enfermeiros (14,5%), médicos (10,7%) e agentes comunitários de saúde (4,9%).
Enquanto isso, o Ministério Público Estadual (MP/AL) cobrou da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Maceió, a distribuição de equipamentos individuais e insumos para higiene, como álcool em gel, água sanitária, cloro, sabão, sacos para lixo, cloro, luvas em látex, e saneantes em quantidades suficientes para que todos os profissionais da rede municipal trabalhem com segurança. A falta de equipamentos e insumos, fundamentais para proteção dos trabalhadores da Saúde, pois eles podem se tornar agentes na transmissão de doenças continua sendo um problema nas unidades de saúde da capital.
No caso da pandemia Covid-19, a necessidade de estoques nas unidades é ainda maior, considerando que o contágio pelo novo coronavírus é muito rápido. Além da rapidez com que se espalha, é um vírus capaz de sobreviver até 72 horas em algumas superfícies, como plástico e alumínio. Daí a necessidade de medidas de limpeza freqüente.
Em abril último, o MP/AL impetrou ação civil pública, contra o Município de Maceió, para garantir o fornecimento às unidades básicas de saúde e aos seus profissionais os equipamentos de proteção individual (EPI), bem como insumos relacionados à higiene.
O juiz Antonio Emanuel Dória, titular da 14ª Vara Cível da Capital Fazenda Municipal, aceitou a ação, e fixou prazo de 48 horas para cumprimento da decisão.