20 de novembro de 2020 1:48 por Da Redação
Durante uma entrevista realizada na manhã de quinta-feira (19) ao programa Comando 91, da rádio 91.5 FM o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Arapiraca (CCZ), Emanuel Cardoso, disse que as pessoas que alimentam os animais de rua deveriam adotá-los. A afirmação deu o que falar entre os protetores de animais, que cobram maior seriedade e melhores projetos para o bem-estar animal no município.
Alimentar os animais na rua é um ato de amor, é não ser indiferente ao sofrimento de cães ou gatos, que sentem fome e sede. O homem na rua, desabrigado, pode pedir um prato de comida, mas e o cachorro ou o gato?
A protetora de animais, Kall Farias explica que para o problema de superpopulação de animais de rua a solução é a castração, mas o poder público não viabiliza um projeto gratuito para os animais de rua ou com tutores de baixa renda.
“Estamos enxugando gelo todos os dias e nenhum projeto ou assistência é oferecida pela prefeitura. Eu alimento animais nas ruas, pois não consigo ser indiferente ao sofrimento. Coloquei em casa 14 cadelas, que pariram durante a pandemia, fiquei cuidando de 38 animais, que hoje estou buscando adoção para todos, tanto filhotes como as mães, mas é uma situação muito difícil, pois além da dificuldade financeira tem a disponibilidade de tempo”, expõe.
Kall cobra projetos que realmente façam a diferença para o bem-estar animal, ela revela ter uma dívida de 3 mil reais com clínica veterinária para tratar de animais que foram resgatados, seja de sarna, atropelados, com vísceras expostas, que ninguém sabe se foi chute ou atropelamento.
Queremos que o Centro de Zoonoses tenha uma estrutura, para quando capturar um animal se certificar de que ele tem uma doença tratável e realizar toda a sua medicação e cuidado para depois colocá-lo para adoção.
“Sempre dizem, esse não é o trabalho da zoonoses, mas porque não pode fazer diferente? Por que não pode pegar o animal e depois de tratado colocar para adoção por meio das redes sociais? O trabalho de resgatar os animais na rua também não é nosso, mas o fazemos. As cidades que fazem diferente tem evolução, as cidades que pensam pequeno continuam pequenas. Arapiraca tem tudo para crescer, falta dos nossos governantes e da população que abram a mente”, reflete a protetora.
Fonte: Assessoria