23 de dezembro de 2020 11:53 por Da Redação
A equipe de Reabilitação do Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências de Saúde de Alagoas (Uncisal), vem desenvolvendo um trabalho de tecnologia assistiva (TA) de baixo custo, por meio da confecção de órteses artesanais feitas exclusivamente para alguns pacientes.
Órteses são aparelhos externos utilizados para imobilizar ou auxiliar o movimento dos membros superiores ou inferiores. Anteriormente, a equipe já tinha produzido uma cadeira para melhorar a postura de pacientes sem total controle de tronco, neste caso, um andador foi desenvolvido especificamente para uma criança de oito anos de idade que estava internada no Hospital Helvio Auto e que não se locomovia de forma independente. Como cada adaptação é única para o indivíduo que irá utilizar, o andador foi produzido sob medida para a criança, e trata-se de uma adaptação de curto prazo, não dispensando o acompanhamento na reabilitação.
Sob supervisão da terapeuta ocupacional Izabela Porangaba, a órtesa foi idealizada e produzida pelas estagiárias de Terapia Ocupacional, alunas da Uncisal, Dreice Pedrosa e Mariana Acácio com ajuda do servidor da equipe de Manutenção Hospitalar, Antônio de Pádua Oliveira.
O trabalho representou uma intervenção transdisciplinar com suporte de diversos setores. A reabilitação foi iniciada com os atendimentos do fisioterapeuta Marcos Aurélio que acompanhou a evolução da criança, até o desenvolvimento da órtese. “A Terapia Ocupacional é fundamental no processo de reabilitação do ser humano, pois consegue individualizar os recursos às necessidades específicas, devolvendo assim, a esperança, a alegria de viver e a dignidade funcional. Não há algo mais satisfatório para um profissional”, concluiu Boanerges Lopes, coordenador do Núcleo de Reabilitação do Hospital Helvio Auto.
O andador foi produzido com canos de PVC para que a criança pudesse levá-lo para casa. Além de auxiliar na locomoção, o aparelho ainda atua como estímulo positivo para que a família, após a alta hospitalar, procure um Centro de Reabilitação no município onde mora, para que a criança possa desenvolver habilidades à medida que é estimulada com ajuda profissional.
Os familiares foram orientados pela equipe transdisciplinar do HEHA a continuar o tratamento e procurar reabilitação especializada para que, além do desenvolvimento motor, possa proporcionar independência e autonomia para a criança.
Fonte: Assessoria