domingo 10 de novembro de 2024

Cobrando investigação da morte de policial, juiz pede extinção da “banda podre da PMAL”

Durante sepultamento, Diógenes Tenório de Albuquerque cobrou do governo do Estado a apuração rigorosa e imparcial do assassinato do policial civil Jorge Vicente Ferreira Júnior

19 de janeiro de 2021 6:21 por Da Redação

Clima de revolta marcou enterro de policial civil que teria sido morto por PM | Cortesia

Ex-secretário de Segurança, o juiz Diógenes Tenório de Albuquerque cobrou do governo do Estado a apuração rigorosa e imparcial do assassinato do policial civil Jorge Vicente Ferreira Júnior. Durante o sepultamento do agente público, que era seu sobrinho, na manhã desta terça-feira, 19, na cidade de Murici, o magistrado disse que “é hora é de limpar a banda podre que ainda existe na Polícia Militar de Alagoas”.

A declaração dele faz referência à suspeita de que Jorge Vicente foi morto, na noite do domingo, 17, por policiais militares, no bairro do Riacho Doce, em Maceió, que o confundiram com um suspeito de crime. Diante do delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, Diógenes Tenório afirmou que o policial não pode matar de forma indiscriminada. “Jorginho [como o policial era conhecido]era um homem de bem”, reclamou o juiz.

Juiz Diógenes Tenório afirmou que o policial não pode matar de forma indiscriminada \ Ascom TJAL

O mais grave, continuou Diógenes Tenório, é que o agente teria se identificado como policial civil, condição ignorada pelos militares que faziam patrulhamento na área. O juiz afirmou ainda que, além de jogar a carteira de identificação funcional na direção dos militares, Jorge Vicente se postou de braços abertos para mostrar que estava rendido. “Isso não bastou para evitar a covardia” – reagiu o juiz, que foi secretário de Segurança Pública (2014), na gestão do ex-governador Teotônio Vilela Filho.

O juiz disse que vai acompanhar a investigação como um compromisso consigo e com Deus, ressaltando que a morte do policial Jorge Vicente “não foi um fato normal, corriqueiro, simples”. Para ele, o crime deve despertar a indignação da sociedade alagoana.

Sindpol levanta hipótese de execução

Para a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), há indícios de execução na morte do agente da Polícia Civil. Segundo o presidente da entidade, Ricardo Nazário, dos oito tiros disparados contra Jorge, quatro foram nas costas, dois na cabeça, sendo um na nuca. Isso indica crime de execução, avalia o Sindpol.

“A categoria de policiais civis está de luto, e o Sindpol cobra celeridade nessa investigação. Queremos o esclarecimento dessa barbaridade”, afirmou Ricardo Nazário.

O delegado Paulo Cerqueira, com quem o policial assassinado trabalhava, disse que a Polícia Civil está triste. “É uma perda irreparável. Era um policial querido por todos”, afirmou ele, prometendo esclarecer o crime.

Além de familiares e amigos, o sepultamento de Jorge Vicente foi acompanhando por dezenas de policiais civis que, numa forma de protesto, usavam camisetas pretas.

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