24 de fevereiro de 2021 2:43 por Da Redação
O portal Brasil 247 revela a mais escandalosa política de bônus da história recente da Petrobras. Segundo reportagem do portal de notícias, o presidente demitido da companhia, Roberto Castello Branco, triplicou os valores pagos à diretoria e se autoconcedeu gratificação de até 13 vezes o seu já robusto salário caso as metas fossem ultrapassadas.
A medida rendeu, em média, bônus de R$ 1,4 milhão aos diretores. Por outro lado, a gratificação paga aos servidores da base foi reduzida. Os empregados sem cargos de liderança passaram a receber somente 2,6 vezes o rendimento mensal na mesma situação.
Em abril de 2020, os acionistas foram informados que a “generosidade” custaria R$ 43,3 milhões aos cofres da estatal para pagar salários, benefícios, bônus por desempenho e encargos a seus administradores no período entre abril de 2020 e março de 2021. No ano anterior, foram R$ 34,2 milhões.
No texto, o então presidente, Roberto Castello Branco, explica que os salários não seriam reajustados. Para esta rubrica, a Petrobras reservou R$ 14,1 milhões, uma média de R$ 120 mil (incluindo décimo terceiro) por diretor.
Segundo o Brasil 247, o pagamento de prêmios pelo desempenho de 2019, liquidado em 2020, em meio à pandemia, bateu a casa de R$ 11,8 bilhões, mais do que o dobro dos R$ 5,5 bilhões de 2018. Uma média de R$ 1,4 milhão por diretor, incluindo os encargos.
“Liberal em temas de interesse de social, Castelo Branco transmuta-se num empedernido autoritário, quase um stalinista, quando o assunto é bônus da diretoria. Durante todo o tempo, sonegou da sociedade brasileira os valores que se autoconcedeu e os que mandou pagar a seus asseclas no comando da empresa. A relação completa do valor pago a cada integrante da diretoria nunca foi revelada”, destaca a reportagem.
O deputado Paulo Ramos (PDT) entrará nesta semana com um requerimento de informação solicitando nomes e valores dispendidos individualmente aos diretores.
*Com informações do Brasil 247