4 de março de 2021 10:18 por Da Redação
Em outubro passado, quando diminuiu o número de casos ativos e a taxa de ocupação de leitos pela doença, o governo do Estado reduziu o número de leitos de UTI para Covid-19. Foi encerrado também o atendimento no Hospital de Campanha Dr. Celso Tavares, instalado no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro Jaraguá, em Maceió.
Quatro meses depois, com o retorno feroz do novo coronavírus, a população vê o avanço da Covid, e se depara com a falta de leitos para ser atendida.
Dos 871 leitos destinados ao tratamento de pessoas com a doença, 271 são de UTI. Só que boa parte deles é de hospitais privados, com os quais a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) encerrou contratos em outubro.
O Hospital Veredas, antigo Hospital do Açúcar, é um dos que está sem contrato e, portanto, sem receber pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de Covid. Com o fim da contratualização, o Veredas está em dificuldades e sem pagar salários dos funcionários há três meses.
Sem pagamento, muitos médicos estão deixando o hospital.
Credores do Veredas reclamam que, depois que o governo do estado encerrou o contrato para leitos de Covid-19, os pagamentos estão em atraso.
O governo mantinha contratos com os hospitais Sanatório, Veredas, Santo Antonio e Santa Casa, para garantir atendimento e leitos de enfermaria e UTI. Desses, só o Sanatório continua contratualizado.
Mas, segundo a Sesau, com o recrudescimento do coronavírus o estado vai contratar novamente os hospitais privados.
É possível também que, com o crescimento dos números relacionados à pandemia, a estrutura do Hospital de Campanha, que está em “stand by”, volte a ser reativada.
O 082noticias entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde, mas não teve retorno até o momento da publicação.