17 de março de 2021 2:36 por Marcos Berillo
O Conselho Estadual de Saúde (CES/AL) defende medidas mais duras, por parte do governo do estado, na luta contra a Covid-19. O pacote de ações anunciados ontem (16), pelo governador Renan Filho, contém alguns avanços, avaliam os integrantes, porém, é preciso ampliar as medidas sanitárias.
Temendo o colapso da rede pública de saúde, a entidade, que é a instância de deliberação do Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas, alerta que a rede pública “está trabalhando no limite tanto dos profissionais, como na capacidade de atendimento e internamento”.
“Infelizmente as previsões se confirmaram e estamos enfrentando situações dramáticas em vários municípios, com falta de leitos em UTI tanto públicos como privados”, dispara o CES, ressaltando que “o governo já sabia do possível recrudescimento da transmissão do coronavírus por todo estado, entre o final do mês de fevereiro deste ano e principalmente no mês de março”.
O Conselho estadual de Saúde alerta que, “se em Maceió os hospitais estaduais não estão em colapso, não se descarta nos próximos dias, dificuldades para atender os casos graves que se apresentam em alta diária nas últimas semanas”.
Os membros do CES participam da Sala de Situação, onde semanalmente são avaliados os dados da pandemia. Para a entidade, o quadro de disseminação da Covid-19 é preocupante em todo estado.
Para o Conselho, cuja missão é definir e fiscalizar as políticas públicas de saúde, Alagoas precisa de medidas de impacto, que resultem na diminuição dos casos de Covid.
O aumento do número de casos e de óbitos está relacionado ao período de síndromes gripais, seja pela alta temporada turística, eventos, seja pelo comportamento inadequado da população “que não tem cumprido com rigor as medidas de distanciamento, uso de máscara e de álcool em gel” além de não evitar aglomerações e sair de casa sem que seja necessário ou urgente.