1 de junho de 2021 11:02 por Da Redação
Mês que abriga o Dia Mundial do Doador de Sangue – dia 14 – e, tradicionalmente, as menores taxas de doação nos hemocentros, o mês de junho tornou-se “Junho Vermelho” em 2015, quando começou a campanha mensal para conscientizar a população da importância de doar sangue e de como este ato pode salvar vidas.
De acordo com Ministério da Saúde, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue de forma regular – para efeito comparativo, na Europa o índice é de 5% – e, com a chegada da pandemia, a situação ficou mais delicada. Apenas em 2020, na primeira onda de Covid, as doações caíram pela metade em algumas regiões do país.
Entre os principais medos estão o da contaminação pelo coronavírus no trajeto para a doação ou que o corpo fique “debilitado” pela “perda” do sangue doado e assim, prejudique a imunidade. Um mito antigo, com nova roupagem, mas igualmente derrubado com facilidade pela ciência.
“Em cada doação, uma pessoa doa, no máximo, 450 ml de sangue e essa quantidade pode salvar a vida de até quatro pessoas. Não há prejuízo algum ao doador, já que em cerca de um dia o organismo já repõe a quantidade retirada. Doadores regulares colaboram com a manutenção dos estoques de bancos de sangue e salvam milhares de vidas”, esclarece Anacássia Fonseca, biomédica e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL).
A Covid-19 não é uma das doenças que impedem a doação de sangue: 30 dias após o fim dos sintomas, a pessoa está apta para doação, de acordo com norma estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quem teve sintomas gripais ou contato com casos suspeitos deve aguardar 14 dias sem sintomas. E as pessoas que já foram vacinadas contra o coronavírus podem doar sangue 7 dias após a imunização.
Como e onde doar
Anacássia Fonseca explica que o sangue é fundamental para o funcionamento do corpo humano, pois, por um lado, leva oxigênio e nutrientes para os tecidos e, por outro, recolhe restos metabólicos que precisam ser eliminados. Além disso, transporta hormônios e células imunológicas e, em algumas situações, sua transfusão ou de alguns de seus componentes (hemácias, plaquetas e plasma) é necessária para a sobrevivência do paciente.
Em Maceió, a doação pode ser feita no Hemocentro de Alagoas (Hemoal), na Rua Dr. Jorge de Lima, bairro do Trapiche. É possível agendar a doação através do número 3315-2109 ou ir livremente de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, ou aos sábados, das 8h às 12h.
Em Arapiraca, a unidade do Hemoal fica na Rua Geraldo Barboza, Centro, no mesmo prédio do Laboratório Municipal. A doação pode ser agendada pelo número 3539-8285 ou realizada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h30.
Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg e ter um documento de identificação com foto no ato da doação (menores de idade precisam estar acompanhados dos pais, devidamente identificados). O voluntário não pode ter contraído doença de Chagas e hepatite após os 11 anos ou ter feito tatuagem ou maquiagem definitiva no último ano.
Os doadores que irão repetir o procedimento devem respeitar um intervalo de dois meses para os homens e três para as mulheres. Quem doa sangue frequentemente, além de salvar vidas, pode ter um dia de folga do trabalho e se inscrever gratuitamente em concursos públicos estaduais, de acordo com a Lei Estadual 6.873/2007.
Fonte: Assessoria
